A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (8) deixar vencer a Medida Provisória que foi editada como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Por 251 votos contra 193, a maioria dos parlamentares optou por não analisar a proposta, que expirará automaticamente. Como a medida tinha validade apenas até o dia 8, na prática houve sua rejeição, elevando a expectativa de um rombo de R$ 42,3 bilhões nas contas públicas até 2026, segundo a equipe econômica.
Na bancada do Piauí, dois parlamentares votaram a favor da retirada da proposta de pauta:
Átila Lira (PP) – Sim
Júlio Arcoverde (PP) – Sim
Castro Neto (PSD) – Não
Dr. Francisco (PT) – Não
Flávio Nogueira (PT) – Não
Florentino Neto (PT) – Não
Jadyel Alencar (Republicanos) – Não
Júlio César (PSD) – Não
Marcos Aurélio Sampaio (PSD) – Não
Merlong Solano (PT) – Não
Impacto na receita do governo
A MP buscava compensar a queda de receitas prevista no Orçamento para o próximo ano, além de ampliar a tributação sobre investimentos de alta renda e empresas do setor financeiro. Uma das propostas era uma cobrança retroativa sobre casas de apostas — as chamadas bets — que teriam operado antes da regulamentação, com expectativa de arrecadar cerca de R$ 5 bilhões. A rejeição representa uma derrota significativa para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a aprovação de uma medida que isenta da cobrança de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil.
Da Redação