Brasil, 9 de outubro de 2025
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Fundo Amazônia retoma atividades e impulsiona bioeconomia na região

Após quatro anos de paralisação, o Fundo Amazônia volta a liberar recursos, apoiando projetos sustentáveis na preservação e renda local

O Fundo Amazônia, criado há 17 anos para financiar ações de proteção e uso responsável da floresta, retomou os desembolsos em 2023 após uma pausa de quatro anos. Com a retomada, o instrumento financeiro, que capta doações internacionais, busca impulsionar projetos socioambientais e fortalecer a bioeconomia na Amazônia.

Impacto do Fundo Amazônia na preservação e nas comunidades locais

Gerenciado pelo BNDES sob diretrizes do Ministério do Meio Ambiente, o fundo recebeu doações de países como Alemanha, Noruega, EUA, Reino Unido, Dinamarca, Suíça, Japão, Irlanda e União Europeia. Desde a reinicialização das captações, entraram R$ 1,6 bilhão e R$ 820 milhões estão em negociações para liberação, segundo Tereza Campello, diretora socioambiental do banco.

Antes da suspensão em 2019, o fundo aprovava cerca de R$ 300 milhões por ano. Em 2023, esse valor mais que triplicou, atingindo R$ 1,5 bilhão em apenas oito meses de atividade, destacando a rápida retomada das ações.

Projetos inovadores e diversificados na Amazônia

As iniciativas apoiadas pelo fundo envolvem restauração florestal produtiva e atividades agrícolas e extrativas, como produção de pimenta, castanha, banana e açaí. Essas ações buscam promover desenvolvimento sustentável, reduzir o desmatamento e fortalecer as comunidades tradicionais, incluindo indígenas e quilombolas.

Desafios e possibilidades da bioeconomia na Amazônia

Expertos destacam que a bioeconomia tem potencial para gerar grandes cifras econômicas na região, especialmente por meio da conservação e restauração de florestas, gerando créditos de carbono. Além disso, uma variedade de pequenos negócios ligados à biodiversidade também pode produzir renda de forma sustentável, contribuindo para diminuir a pressão pelo desmatamento.

A diretora do Instituto Clima e Sociedade, Maria Netto, reforça que o apoio financeiro é decisivo para que projetos locais se consolidem e superem desafios, sobretudo por serem de pequeno porte e muitas vezes dispersos. Ela explica que esses empreendimentos normalmente enfrentam dificuldades de acesso a crédito por falta de garantias e fluxo de retorno consistente, demandando instrumentos financeiros inovadores que considerem o valor da natureza como garantia.

Relevância internacional e perspectivas futuras

O reforço do Fundo Amazônia simboliza um avanço na cooperação internacional para preservação da floresta. O fenômeno ocorre em um momento em que debates globais, como na COP30, destacam a importância da bioeconomia para a continuidade da proteção ambiental na Amazônia. Para conferir mais detalhes sobre esses debates, assista ao vídeo do evento.

Segundo dados do banco, a reativação do fundo acelerou as captações e as liberações de recursos, que antes estavam retidos por decisão judicial. O retorno do apoio financeiro deve intensificar ações de conservação, gerar renda para comunidades locais e fomentar a sustentabilidade na maior floresta tropical do mundo.

Para saber mais sobre a atuação do Fundo Amazônia e os projetos apoiados, acesse o debate na COP30 e a reportagem sobre a retomada.

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