O tempo está se esgotando e a pressão aumenta. Com a Copa do Mundo a apenas oito meses, a seleção brasileira inicia uma sequência de amistosos que incluem um confronto com a Coreia do Sul amanhã, às 8h (horário de Brasília). Sob o comando do técnico Carlo Ancelotti, os jogadores têm a oportunidade de se destacar, já que cada jogo vale não apenas para a preparação, mas para a definição do futuro time que lutará pelo hexacampeonato na competição mais importante do futebol.
Amistosos como oportunidade de definir o time ideal
A seleção vai disputar seis jogos até a convocação final, o que oferece um bom espaço para Ancelotti decidir quem formará o grupo de 26 jogadores. Até o momento, alguns jogadores já se destacaram como candidatos a titulares. Contudo, várias posições ainda são alvo de disputa intensa. O treinador possui poucos meses para deixar sua equipe afiada para a Copa, e esses amistosos são cruciais.
Defesa em formação: Alisson e os desafios na zaga
No gol, Alisson, do Liverpool, já se consolidou como titular. A dúvida agora é sobre quem será seu reserva imediato, uma posição disputada entre Bento, do Al-Nassr, e Ederson, do Fenerbahçe, este último devido a uma lesão. Bento terá a chance de brilhar contra a Coreia do Sul, provando que pode ser a escolha certa para a seleção.
Na defesa, Marquinhos, o capitão, está de fora por conta de uma contusão, mas suas credenciais como titular são inegáveis. Seu lugar na zaga deve ser ocupado por Gabriel Magalhães, do Arsenal, que aparece como favorito, embora Alexsandro Ribeiro, do Lille, tenha impressionado Ancelotti nas últimas partidas.
Laterais ainda indefinidas
As laterais da defesa continuam sendo um quebra-cabeça para Ancelotti. Na direita, Vanderson, do Monaco, e Wesley, da Roma, têm se revezado, mas as lesões de Vanderson dificultam a definição. Éder Militão, do Real Madrid, pode ser uma opção segura onde for necessário, dada sua versatilidade. Na lateral esquerda, Douglas Santos, do Zenit, agradou, mas terá contra a Coreia do Sul apenas sua segunda partida neste ciclo, enfrentando a concorrência de Alex Sandro, do Flamengo, e Caio Henrique, do Monaco.
Meio-campo sólido, mas com perguntas no ataque
Com Casemiro, do Manchester United, como um pilar no meio-campo, Ancelotti tem confiança em sua estrutura. Ele deve ser acompanhado por Bruno Guimarães, do Newcastle, que ganhou status de titular indiscutível. Aqui, o desafio é encontrar um equilíbrio entre defesa e ataque. Com opções variadas, Ancelotti deve experimentar formações, variando entre o 4-2-4 e o 4-3-3.
No setor ofensivo, Vinícius Jr. e Raphinha são certezas. Raphinha, em especial, se destaca pela sua versatilidade, podendo atuar em diferentes posições no ataque. Enquanto isso, Estêvão, do Chelsea, está em uma boa fase e se aproxima cada vez mais de assumir um papel importante na seleção, especialmente após a volta de Rodrygo, que traz uma concorrência acirrada devido ao seu histórico com Ancelotti.
Indefinições no ataque e as decisões de Ancelotti
A posição de centroavante é uma das mais delicadas. Atualmente, João Pedro é considerado um forte candidato, mas o fato de não ter sido convocado para esse amistoso indica que Ancelotti ainda está avaliando suas opções. Assim, Matheus Cunha, do Manchester United, pode aproveitar a oportunidade para provar seu valor na partida contra a Coreia do Sul, elevando ainda mais a incerteza sobre quem será o atacante titular.
Próximos desafios: definições e clareza na estratégia
Os próximos dois amistosos são vitais para Ancelotti alinhar suas estratégias. Depois de enfrentar a Coreia do Sul, a seleção continuará seus treinos em Seul antes de seguir para o Japão, onde se medirá com a seleção local. Cada performance será observada de perto, e cada jogador terá a oportunidade de garantir seu lugar na tão esperada lista final para a Copa.
Com cada posição tão disputada, o futuro da seleção se desenha incerto, mas ao mesmo tempo promissor. Ancelotti tem o desafio de transformar cada amistoso em uma verdadeira vitrine de talentos e sinergia dentro de campo, estabelecendo os pilares que podem levar o Brasil a mais uma conquista mundial.