Brasil, 9 de outubro de 2025
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Governo Lula avalia reformulação na base de apoio após queda da MP do IOF

Após derrota parlamentar, governo Lula busca novas estratégias para fortalecer a base na Câmara dos Deputados e recuperar sua posição política.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia uma análise sobre formas de reestruturar sua base de apoio na Câmara dos Deputados, conforme revelado por líderes governistas em entrevista ao Metrópoles. Esta movimentação ocorre em decorrência da recente queda da Medida Provisória (MP) nº 1.303/2025, que visava compensar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e que foi rejeitada por alguns partidos aliados.

A queda da MP e suas implicações

Na última quarta-feira (8/10), deputados aprovaram uma orientação contrária à MP, com destaque para as siglas União Brasil, PP e PSD, todas com representantes no governo. Juntas, essas bancadas somam 199 deputados federais e exerceram significativa pressão sobre o governo, resultando em uma das maiores derrotas políticas sobre a proposta de aumento de arrecadação.

O líder do União Brasil, Pedro Lucas Fernandes (MA), fez um comentário público após a decisão de sua bancada, especialmente após a suspensão cautelar do ministro do Turismo, Celso Sabino (PA). Sabino, que foi um dos membros do trio de ministros exonerados por Lula, tinha como missão garantir o voto favorável à MP, o que não aconteceu, evidenciando uma falha na coordenação política do governo.

Impactos nas finanças do governo

A medida que foi derrubada não só representou uma derrota política, mas também terá implicações financeiras diretas. A proposta inicial previa uma arrecadação de R$ 20 bilhões em 2026, que agora poderá cair para cerca de R$ 17 bilhões. Além disso, o governo tinha a intenção de estabelecer uma taxa de 18% sobre a receita de jogos, mas isso foi reduzido para 12% durante as discussões na comissão, resultando em uma perda adicional de R$ 1,7 bilhão. Outras isenções propostas também foram mantidas, o que poderá acrescentar uma redução de R$ 2,6 bilhões na arrecadação.

Estratégias do governo para reverter a situação

Com a queda da MP, a estratégia do governo é se reinventar no cenário político e buscar novas formas de conectar-se com a população. O uso da hashtag #CongressoInimigosDoPovo nas redes sociais é uma tentativa de inverter a narrativa e aumentar a aprovação do presidente Lula, uma estratégia que já provou ser eficaz em situações anteriores. Medidas exitosas, como a isenção do Imposto de Renda, foram utilizadas para criar uma ponte entre o governo e o público.

Além disso, a expectativa do Ministério da Fazenda é recalcular a arrecadação diante da queda da MP e propor novas soluções que possam ser apresentadas ao Congresso em breve. O governo precisa urgentemente restabelecer a confiança dos aliados e garantir que futuras propostas sejam discutidas de maneira consensual.

A articulação política e a busca por apoio

Para isso, o governo inicia uma nova fase de articulação política. A primeira medida é convocar reuniões com os líderes das bancadas aliadas, buscando restabelecer diálogos e entender as reais necessidades dos partidos que compõem sua base. Uma manutenção constante de contatos e acordos é fundamental, considerando que as recentes derrotas mostram a fragilidade da configuração atual na Câmara.

Além disso, Lula deve intensificar sua presença em eventos públicos e nas redes sociais, onde pode contrabalançar as críticas e reforçar sua agenda proposta. A recuperação da imagem do governo e o fortalecimento da base de apoio são tarefas essenciais para a continuidade da sua gestão, especialmente em um ano tão delicado, como 2025.

O cenário político continua desafiador, mas a capacidade de adaptação e a busca por novos aliados poderão ser a chave para superar essa fase conturbada da administração Lula. Com a necessidade de um governo forte e coeso, os próximos passos serão fundamentais para determinar o futuro político e econômico do Brasil.

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