O apresentador e ex-jogador Neto não poupou críticas ao Jornal Nacional, a principal emissora de notícias do Brasil, em função de uma reportagem sobre o emocionante clássico entre São Paulo e Palmeiras, realizado no último domingo (5) no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. A partida, marcada por episódios polêmicos de arbitragem, resultou na vitória da equipe palmeirense, que assumiu a liderança da competição.
Críticas à linha editorial do jornal
A reportagem, que foi exibida na edição da última segunda-feira (6), deixou Neto desconfortável ao destacar o atleta palmeirense Andreas Pereira como o principal personagem do confronto. Em seu programa, “Os Donos da Bola”, transmitido pela TV Bandeirantes, o ex-jogador levantou a questão da linha editorial adotada pela Globo, insinuando que interesses comerciais poderiam ter influenciado a escolha do entrevistado. “O Jornal Nacional entrevistou o Andreas Pereira, ontem (6). Não é muito louco isso? Quem patrocina o Jornal Nacional? Quem tem patrocinador lá, fortíssimo. Não sei. Não estou acusando ninguém. Mas não é muito estranho? Muito estranho, né?” afirmou Neto.
Neto ainda questionou por que o jornal não entrevistou outras figuras da partida, como o atacante Marcos Antônio, que foi agredido durante o jogo. A implicação de que a escolha do entrevistado tinha motivações não transparentes fez ecoar uma discussão mais ampla sobre a imparcialidade da cobertura esportiva.
A matéria e o contexto do jogo
A reportagem de pouco mais de dois minutos focou na atuação de Andreas Pereira, especialmente em relação a uma jogada controversa onde ele teve contato com Marcos Antônio, do São Paulo. Durante a entrevista, Pereira tentou justificar sua ação, alegando que não teve intenção de ferir. “Se você parar a imagem parece que eu estou pisando realmente com toda minha força na perna dele, mas não tinha peso nenhum na minha perna,” explicou o jogador durante a exibição.
As reações não se restringiram apenas à entrevista; o técnico do São Paulo, Hernán Crespo, também se manifestou, criticando a arbitragem. “Pessoalmente, nunca vivi algo escandaloso como hoje”, disse ele, em referência aos erros de arbitragem que descontentaram tanto os jogadores quanto torcedores.
Arbitragem em foco
A polêmica não parou por aí. Além da possível expulsão de Andreas Pereira, um suposto pênalti não marcado em Tapia, atacante do São Paulo, quando o placar estava 2 a 0 para o Tricolor, provocou revolta entre jornalistas e dirigentes. O juiz Ramon Abatti Abel passou a ser o centro das atenções, levando o Flamengo a levantar suspeitas sobre a parcialidade da arbitragem, que teria favorecido o Palmeiras.
Em resposta a tudo isso, o São Paulo solicitou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que divulgasse os áudios entre o árbitro e a cabine do VAR. Contudo, de acordo com as informações disponíveis, a CBF não pôde liberar o conteúdo, visto que em nenhum dos lances o juiz recebeu recomendações para reavaliar suas decisões na tela.
Segundo o portal Goal, Abatti Abel teria ignorado a recomendação do VAR para rever a jogada do pênalti, o que pode gerar consequências para a credibilidade da arbitragem na competição.
A turbulência nos bastidores se intensificou ainda mais após o Palmeiras ter divulgado uma nota, na qual alegou ser alvo de uma “pressão descomunal” por parte de clubes rivais em um esforço para obter vantagens. Este clima de confronto e desconfiança só aumenta a tensão em um dos campeonatos mais disputados do Brasil.
Portanto, a cobertura mediática de grandes jogos e a conduta dos árbitros permanecem em foco, com a expectativa de que as entidades competentes analisem as questões abordadas, visando a justiça dentro de campo e a integridade do espetáculo esportivo.