Brasil, 9 de outubro de 2025
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Câmara derruba medida que aumentaria tributos e arrecadação

A Câmara dos Deputados rejeitou medida que aumentaria tributos e visava aumentar a arrecadação do governo, em uma votação acirrada.

A Câmara dos Deputados promoveu uma importante derrota ao governo na quarta-feira (8), ao derrubar uma medida provisória (MP) que visava aumentar tributos e impulsionar a arrecadação pública. Essa decisão reflete um significativo descontentamento entre os parlamentares, especialmente entre os aliados do Centrão, que foram decisivos na votação.

Cenário da votação e seus desdobramentos

A proposta nem chegou a ser discutida em mérito, pois, antes da votação, a maioria dos deputados — liderados pelo Centrão — decidiu retirar o texto da pauta. Com 251 votos a favor da derrubada e apenas 193 pela manutenção da MP, o governo enfrentou um revés crítico, especialmente considerando que o texto perderia validade nesta quinta-feira, se não fossem feitos os trâmites necessários.

O resultado da votação revelou um quadro de divisão no Legislativo, onde diferentes partidos se posicionaram de maneira estratégica. Enquanto os deputados do PT, PDT, PSOL e PCdoB votaram quase em sua totalidade pela manutenção da MP, outras siglas, como o Novo, foram unânimes na decisão de retirar a proposta da pauta.

Voto dos deputados piauienses

Entre os representantes do estado do Piauí, o cenário ficou bem dividido. O deputado Átila Lira (PP) e Julio Arcoverde (PP) votaram a favor da retirada da MP da pauta, enquanto os demais deputados piauienses, pertencentes a partidos como o PT e PSOL, se posicionaram contrariamente. A seguir, um resumo dos votos dos deputados piauienses:

  • Átila Lira (PP): Sim
  • Castro Neto (PSD): Não
  • Dr. Francisco (PT): Não
  • Flávio Nogueira (PT): Não
  • Florentino Neto (PT): Não
  • Jadyel Alencar (Republicanos): Não
  • Julio Arcoverde (PP): Sim
  • Júlio César (PSD): Não
  • Marcos Aurélio Sampaio (PSD): Não
  • Merlong Solano (PT): Não

A reação ao resultado da votação

A reação à derrubada da MP foi celebrada entre os deputados da oposição, que interpretaram o resultado como uma vitória significativa diante da proposta do governo. A estratégia de muitas siglas da base governista, que inicialmente pareciam apoiar a MP, não se concretizou, evidenciando a fragmentação e o descontentamento político no país.

Deputados de partidos como União Brasil, PP, Republicanos e PSDB mostraram forte apoio à derrubada, com uma maioria significativa comparecendo às votações e fazendo o seu papel no Legislativo. Em contrapartida, a unanimidade de votos do Novo na retirada da MP da pauta mostra como este partido tem se posicionado cada vez mais distante da agenda governista.

O futuro das políticas de arrecadação

Com a derrubada da MP, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta desafios cada vez maiores em sua agenda fiscal. As medidas que visam aumentar a arrecadação e promover uma maior distribuição de recursos estão sob scrutinização, e a capacidade do governo de implementar novas políticas depende da colaboração e apoio do Legislativo, que, como evidenciado nesta votação, pode ser frágil.

A queda dessa proposta levanta questões acerca das futuras medidas que podem ser apresentadas ao Congresso. Com o cenário político em constante mudança e a pressão dos partidos por posição mais firmes sobre questões tributárias, será essencial observar como o governo reagirá para reverter essa percepção negativa e buscar um maior alinhamento com os parlamentares.

O desfecho deste episódio não apenas afeta a trajetória do atual governo, mas poderá ter repercussões duradouras na política brasileira, influenciando as próximas eleições e o papel dos partidos dentro do Congresso Nacional. Enquanto isso, a sociedade civil também acompanha de perto as movimentações dos representantes, clamando por uma gestão mais eficiente e transparente das políticas fiscais e tributárias do país.

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