A Câmara dos Deputados analisa nesta quarta-feira (8) a medida provisória que aumenta a arrecadação ao elevar alíquotas de alguns tributos, numa tentativa de equilibrar as contas públicas antes do prazo final de votação às 23h59. A proposta, que substitui a alta original do IOF, enfrenta resistência de parlamentares, sobretudo do Centrão e da bancada ruralista, e precisa ser aprovada pelo plenário do Senado também nesta quarta para não perder validade.
Resistência e estratégia do governo
Antes da votação, o presidente Lula reuniu-se com líderes do governo para traçar estratégias visando garantir a votação da MP no plenário, considerando o placar apertado na comissão mista, que aprovou a medida por 13 votos a 12 na última terça-feira (7).
Segundo analistas, a aprovação é considerada crucial pela equipe econômica para que o governo consiga fechar o Orçamento do próximo ano, uma vez que a rejeição acarretaria uma perda estimada de pelo menos R$ 17 bilhões nas receitas públicas.
Implicações para o orçamento e resistência no Congresso
A aprovação da MP é vista como um passo fundamental para a manutenção do equilíbrio fiscal. Contudo, a resistência de setores que representam interesses específicos, como o ruralismo e parte do Centrão, tem dificultado a tramitação da proposta, que deve passar pelo plenário nesta quarta-feira. Caso não seja aprovada em ambas as casas até o fim do dia, a medida perderá sua validade e, consequentemente, os efeitos econômicos pretendidos pelo governo.
Perspectivas futuras e impacto político
O resultado da votação é considerado decisivo para a estratégia do governo de assegurar receitas adicionais e cumprir o teto de gastos. A mobilização de lideranças e as negociações nas próximas horas serão determinantes para o desfecho da medida e para o cumprimento do calendário fiscal do Executivo para o próximo ano. A expectativa é que a votação seja apertada, refletindo a divisão no Congresso e a resistência de alguns setores.
Mais detalhes podem ser acompanhados na reportagem ao vivo do G1.