A Polícia Civil do Rio de Janeiro desmantelou uma quadrilha que roubava farmácias na cidade, culminando na prisão de quatro integrantes do grupo. O foco dos assaltos eram canetas emagrecedoras e outros produtos de alto valor que são frequentemente revendidos no mercado paralelo. As prisões acontecem em meio a uma série de roubos, que totalizaram pelo menos cinco casos nas últimas semanas, sendo todos documentados por câmeras de segurança.
A abordagem da quadrilha
Segundo a delegada Daniela Terra, da 15ª DP (Gávea), os criminosos visavam principalmente medicamentos controlados e cosméticos de marcas conhecidas. “Eles têm como alvo medicamentos para canetas emagrecedoras, que são altamente vendidos no mercado paralelo, anticoagulantes e cosméticos de grife”, explicou a delegada.
Entre os presos estão duas mulheres, Pamela Bandeira Raimundo e Evelyn de Oliveira Santana, e um homem, Lucas de Oliveira Carvalho, além de um adolescente que foi apreendido. A polícia segue investigando o caso e já identificou outros dois membros da quadrilha, sendo que um deles está preso e o outro, Ítalo Mateus de Oliveira, permanece foragido.
Detenção e desdobramentos da operação
As prisões ocorreram após uma sequência de assaltos audaciosos a farmácias. Um dos casos registrados aconteceu na madrugada de segunda-feira, 6 de outubro, em uma farmácia 24 horas na Gávea. Os criminosos, que se infiltraram no local durante um momento de vulnerabilidade, renderam o funcionário e procederam a um roubo que resultou em um prejuízo estimado em mais de R$ 300 mil. Durante a ação, as vítimas foram trancadas em um depósito enquanto os assaltantes recolhiam o dinheiro e produtos.
Imagens de segurança capturaram o momento em que dois criminosos se dirigiram ao cofre, obrigando o funcionário a colocar todo o dinheiro em sacolas. O crime foi meticulosamente planejado e, segundo a delegada, evidencia a crescente organização e sofisticação dessas quadrilhas.
Repetição de crimes e priorização policial
Outro assalto impactante ocorreu no último sábado, 4 de outubro, em Niterói, por volta das 23h. Uma mulher e um adolescente entraram na farmácia armados com uma faca, renderam os funcionários e promoveram um assalto de aproximadamente R$ 190 mil. Novamente, o foco estava nas canetas emagrecedoras, que foram levadas em uma geladeira.
Os membros da quadrilha não apenas realizavam os assaltos, mas também se dedicavam à revenda dos itens roubados. “Eles revendem esse material para outras farmácias e comércios irregulares, que compram produtos roubados para serem vendidos individualmente em plataformas virtuais”, afirmou a delegada Daniela. Essa prática não só representa um prejuízo para as farmácias, mas também coloca em risco a segurança da saúde pública, considerando que produtos controlados podem ser vendidas sem qualquer supervisão.
A luta contínua contra o crime
A desarticulação desta quadrilha representa apenas uma parte do esforço contínuo da Polícia Civil em combater o crime no Rio de Janeiro. A delegada Daniela Terra enfatizou que a investigação não termina aqui, e que o foco será em identificar e prender aqueles que receptam produtos roubados. “Vamos continuar com as investigações para identificar todos os envolvidos e garantir que esses crimes não sejam aceitos como normais”, prometeu.
O caso reitera a importância de iniciativas de segurança pública para a proteção de comércios e da população em geral, enquanto a cidade luta contra a criminalidade e busca restabelecer a confiança da sociedade nas instituições. A operação mostra uma resposta efetiva da polícia contra grupos organizados que visam o lucro à custa da segurança e bem-estar da sociedade.
As autoridades pedem que qualquer pessoa com informações sobre atividades suspeitas relacionadas a esses crimes entre em contato com a polícia e ajude na luta contra a criminalidade que afeta a sociedade carioca.
