Brasil, 8 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Celso Sabino responde a pressão do União Brasil e permanece no cargo

Ministro do Turismo reafirma apoio a Lula em meio a tensões partidárias.

O cenário político brasileiro ganhou novos contornos nesta manhã, quando o ministro do Turismo, Celso Sabino, reafirmou sua permanência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desafiando a pressão interna de seu partido, o União Brasil. Em meio a uma reunião crucial para discutir punições por descumprimento de normas partidárias, Sabino descreveu as decisões do União como “açodadas e equivocadas”, confirmando seu compromisso com o atual governo.

Compromisso com o turismo e o povo do Pará

Celso Sabino, que é também um defensor fervoroso do projeto de Lula, argumentou que sua saída não apenas prejudicaria o governo, mas também impactaria negativamente o setor de turismo, que espera receber 10 milhões de visitantes estrangeiros neste ano, um aumento significativo em relação aos 7 milhões do ano passado. Ele enfatizou a importância de sua presença no cargo, especialmente com a realização da COP30 em seu estado, o Pará.

“Vou permanecer no governo, pelo bem do turismo e pelo bem do povo do Pará”, disse Sabino, reforçando sua intenção de continuar o diálogo com a Executiva nacional do União Brasil. “Fico ao lado do presidente Lula por entender que é o melhor projeto para o Brasil”, acrescentou.

Possíveis punições e o clima interno no União Brasil

A situação dentro do União Brasil é tensa, com rumores de que a Executiva Nacional do partido está considerando a expulsão de Sabino. A medida ainda dependerá de trâmites burocráticos, mas um indicativo de expulsão parece iminente. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que faz parte da Executiva, anunciou que uma decisão deve ser tomada na reunião da próxima quarta-feira, onde a infidelidade partidária de Sabino será analisada.

Os membros do partido começaram a caminhar para uma medida cautelar que poderia suspender o diretório da sigla no Pará, controle atualmente sob Sabino. Enquanto a expulsão é uma possibilidade debatida, o processo pode ser moroso e exigirá que Sabino tenha a chance de se manifestar antes de qualquer decisão final.

Histórico de pressão e as recentes movimentações

A recente pressão contra Sabino não é uma novidade. Em setembro, a legenda havia dado um ultimato ao ministro, que chegou a comunicar a Lula sobre sua possível saída do governo. No entanto, Sabino adiou sua demissão. O apoio de outros membros da legenda é essencial, especialmente considerando a importância do Ministério do Turismo para a alocação de emendas e apoio a projetos locais.

Uma normativa recentemente divulgada pelo União Brasil afim de regular o comportamento de seus membros, estipula punições a aqueles que não pedirem exoneração de cargos, abrindo espaço para possíveis processos disciplinares. As tensões internas se intensificaram após alegações de envolvimento do presidente do partido, Antonio de Rueda, com crimes organizados, complicando ainda mais a situação política envolta de Sabino.

Repercussões e a imagem do União Brasil

A crescente desconfiança em relação ao comando do União Brasil e os impactos nas decisões partidárias geram preocupações sobre a estabilidade da sigla. Durante uma reunião em agosto, Lula expressou publicamente sua antipatia por Rueda, reforçando a ideia de que a relação entre o partido e a administração atual é tensa. Além disso, a resposta do partido à crise interna pode afetar não apenas a imagem da sigla, mas também a governabilidade no contexto mais amplo.

Com a situação ainda em desenvolvimento, tudo que se pode concluir é que Celso Sabino deverá intensificar suas articulações políticas e apoio dentro do partido, enquanto estratégicas e decisões estão sendo cuidadosamente ponderadas na busca pela solidariedade e continuidade no governo.

O desfecho dessa crise interna promete ser um divisor de águas tanto para Sabino quanto para o futuro do União Brasil e suas relações com o atual governo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes