Brasil, 8 de outubro de 2025
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Pesquisa da Unesp detecta metanol em bebidas e alerta para intoxicações

Investigação sobre intoxicação por metanol em Rio Claro gera alerta em São Paulo.

Uma pesquisa realizada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) revelou um novo método para detecção de metanol em bebidas, em meio a um surto de intoxicações que vem preocupando as autoridades no estado de São Paulo. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) informou, na última terça-feira (7), que um caso suspeito de intoxicação por metanol está sendo investigado na cidade de Rio Claro, onde os riscos dessa substância se tornaram alarmantes.

Contexto das Investigações sobre o Metanol

Desde o início do ano, o estado de São Paulo já notificou 176 casos relacionados ao consumo de bebidas adulteradas, das quais 18 foram confirmadas como intoxicação por metanol. Este número alarmante inclui três óbitos, sendo que as vítimas fatais foram dois homens de 48 e 54 anos, na capital paulista, e uma mulher de 30 anos em São Bernardo do Campo. As vítimas apresentavam sintomas severos da intoxicação, o que destaca a gravidade da situação.

Sintomas de Intoxicação e Protocólo de Atendimento

A SES-SP estabeleceu um protocolo padrão de atendimento para todas as unidades de saúde, visando orientar os médicos a identificarem rapidamente os casos suspeitos. Os principais sintomas a serem observados incluem sonolência, tontura, dor abdominal intensa, náuseas, vômitos, confusão mental e visão turva. A recomendação é que pacientes que apresentarem esses sinais buscaram atendimento médico imediato, especialmente dentro das primeiras seis horas após a ingestão das bebidas contaminadas.

Casos e Respostas das Autoridades

Além do caso em investigação em Rio Claro, outras localidades no estado estão em alerta. A pesquisa da Unesp se torna ainda mais relevante nesse contexto, já que a detecção precoce do metanol pode salvar vidas. Richard Gonçalves, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, afirmou: “Nosso objetivo é desenvolver um método de fácil aplicação que possa ser utilizado em diversas situações, especialmente em emergências.” Com o aumento das operações contra a falsificação de bebidas, 42 pessoas já foram presas desde o início do ano.

A Importância da Informação e Monitoramento

As autoridades têm incentivado a população a denunciar qualquer suspeita de bebidas adulteradas. Denúncias podem ser feitas de forma anônima através dos canais de comunicação disponíveis, como o Disque Denúncia (181) e a Polícia Civil, que possui um site dedicado a denúncias anônimas. Essa colaboração entre a população e as autoridades é fundamental para o combate à comercialização de bebidas perigosas e à proteção da saúde pública.

O que Fazer em Caso de Sintomas

Aqueles que consumirem bebidas destiladas e começarem a apresentar sintomas de intoxicação devem se dirigir imediatamente ao hospital ou unidade de saúde mais próxima. O atendimento rápido é crucial, pois a intoxicação por metanol pode levar a consequências graves, como cegueira permanente ou até mesmo a morte, se não tratada a tempo. É essencial que a saúde pública priorize a prevenção e a informação para a população, especialmente em um cenário como o atual, onde os casos vêm aumentando de forma alarmante.

Uma Comunidade em Alerta

Nas redes sociais, a população passa a compartilhar informações sobre os riscos e guiarem-se mutuamente sobre os cuidados a serem tomados. Goiás e outros estados brasileiros enfrentam o mesmo problema, levantando um questionamento importante sobre a segurança das bebidas consumidas e a fiscalização das regulamentações sobre a produção e venda. O apelo por mais fiscalização e rigor nas operações de verificação das bebidas é uma prioridade que deve ser considerada.

O avanço das pesquisas e o respaldo das autoridades de saúde são essenciais diante deste cenário preocupante. A pesquisa da Unesp fornece uma luz no fim do túnel, oferecendo um método que pode ser utilizado para a detecção de metanol e contribui para a segurança da população. Seguir as recomendações de saúde é indispensável para evitar que mais vidas sejam afetadas por essa substância altamente tóxica.

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