Os bispos católicos dos Estados Unidos expressaram duras críticas à recente aprovação do FDA do medicamento abortivo mifepristona em sua versão genérica, mesmo enquanto a agência realiza uma investigação sobre sua segurança. A decisão preocupa líderes religiosos e defensores da vida, que afirmam que mulheres e crianças merecem cuidados melhores.
Reação dos bispos e preocupações com segurança
O bispo Daniel Thomas, presidente do Comitê de Pró-vida dos Estados Unidos, declarou que a aprovação “é chocante e contraditória”, pois ocorre ao mesmo tempo em que o FDA investiga os riscos do remédio. “Enquanto o órgão realiza uma revisão essencial da segurança do aborto químico, aprova um genérico que facilitará ainda mais o acesso a um medicamento perigoso”, afirmou.
Segundo Thomas, a aprovação do genérico ocorreu de forma acelerada e sem os devidos cuidados, o que contribuiu para a morte de mais crianças e coloca a saúde das mulheres em risco. Uma pesquisa recente revelou que mais de 1 em cada 10 mulheres que utilizam a pílula abortiva sofrerá complicações graves dentro de 45 dias, uma taxa 22 vezes maior do que a indicada na bula aprovada inicialmente pelo FDA.
Perigos do medicamento e opiniões de especialistas
A médica Susan Bane, vice-presidente da Associação Americana de Obstetras e Ginecologistas pró-vida, afirmou que o mifepristona representa um “risco sério” tanto para o bebê quanto para a mulher. Ela explicou que os efeitos colaterais são subestimados e a expansão do acesso ao remédio piora o quadro, com consequências graves e potencialmente fatais.
Jennie Bradley Lichter, presidente da March for Life, manifestou-se “devastada” com a decisão. Ela alertou que a permanência do medicamento no mercado, sem regulamentos adequados, aumenta o perigo às mulheres e incentiva o aborto em massa. “A cada dia, o risco para as mulheres cresce e mais vidas infantis são perdidas”, declarou.
Recomendações e esperança de mudança
Apesar do desafio, o bispo Daniel Thomas reforçou a necessidade de apoio e cuidado às mulheres e suas crianças, destacando a importância de uma assistência humanizada. Ele também aguarda com esperança o resultado da revisão do FDA, que pode reverter a atual situação e proteger vidas.
“Rezo para que a investigação revele os verdadeiros riscos do remédio e conceda às mulheres o suporte que realmente merecem, oferecendo esperança e proteção às vidas vulneráveis”, concluiu Thomas. A investigação do FDA ainda está em andamento, e o desfecho pode influenciar futuras políticas de saúde.