Brasil, 8 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Bap questiona empréstimo da Crefisa ao Vasco durante reunião no Flamengo

Presidente do Flamengo levanta suspeitas sobre ligação entre empréstimos e direitos de transmissão no futebol brasileiro.

Durante um encontro do Conselho Deliberativo do Flamengo, na noite desta terça-feira (7), Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, presidente do clube, fez declarações contundentes acerca do empréstimo de R$ 80 milhões concedido pela Crefisa ao Vasco. A financeira é presidida por Leila Pereira, que também ocupa o cargo de presidente do Palmeiras. A pauta principal da reunião era a posição do Flamengo em relação à divisão de direitos de transmissão da Libra, realizada na sede do clube.

Bap questionou abertamente sobre a transação financeira, dizendo: “Eu não tenho dúvida nenhuma de que existe uma agenda muito clara. Estamos falando desse problema da Libra e a empresa que ela preside emprestou dinheiro para a SAF do Vasco. Quem aqui já pegou dinheiro com instituição financeira na vida? Algum banco pede como garantia as ações do negócio que não vai bem ou eles podem garantir de bens reais, sua casa, seu barco, sua fazenda? Quem pede ações da SAF se não puder ser pago?”, enfatizou o presidente, em áudio divulgado pelo programa Mundo da Bola.

Em uma análise mais profunda, Bap relembrou experiências passadas, afirmando: “A última vez que isso aconteceu no Brasil, os Menin compraram o Atlético-MG. Cresceram a dívida e chegou uma hora que executaram. Acho absolutamente estranho esse tipo de coisa. Isso deveria estar sendo questionado. Estamos falando de Fair Play financeiro hoje em dia no Brasil. A mulher de Cesar não basta ser honesta, ela tem que parecer honesta também. Existe uma agenda, não tenho a menor dúvida, qual a agenda o tempo vai dizer.

Outras declarações de Bap durante a reunião

Negociações com a Libra

Bap continuou a expor sua visão: “(Quem diz que o) Flamengo é malvadão, não negociou, não conversou, foi intolerante, é contra a formação de uma liga no Brasil. Nada disso é verdadeiro. Eu vou repetir para os senhores aqui. Se para se ter uma liga no Brasil, o Flamengo tem que pagar para os outros e virar uma SAF, não vai ter liga no Brasil.

Ele fez uma analogia sobre o crescimento do futebol brasileiro: “A liga é para um mais um dar três. É para você fazer o bolo crescer. O bolo crescendo, todo mundo ganhando mais, tudo bem. Mas o bolo não cresceu. Eu tenho uma cobertura que vale 10, eu tenho um quitinete que vale 1. A gente junta, vira 11, cada um leva 5,5. Ninguém constrói nada para o futuro.”

Além disso, Bap criticou a postura de alguns clubes que desejam formar uma liga, mas sem colaboração: “Esse é o tipo de parceiro que nós temos hoje, que cantam aí fora aos quatro ventos, que queremos formar uma liga no Brasil e o Flamengo é contra. Eu quero sair de casa do meu pai e da minha mãe, mas eu deixo as roupas para lavar, meu pai e minha mãe que pagam meus boletos, pagam a prestação do meu carro. O Flamengo não vai cumprir esse papel.”

Papel dos demais clubes

Bap ainda abordou a importância do Flamengo na formação de uma futura liga: “Nós tentamos ao longo desses nove meses um acordo dentro da Liga. Ele não foi possível até agora. Eu espero que haja bom senso, que os outros clubes reflitam e vejam a relevância do Flamengo. Nós queremos continuar juntos e a gente tem que sempre pensar na vida. A gente vai olhar para trás ou a gente vai olhar para a frente? Eu sou otimista, o Flamengo quer olhar para a frente. Depende dos outros clubes.”

Formação de uma liga

Sobre a formação de uma liga sólida, Bap acredita que o Flamengo tem interesse genuíno: “O que todo mundo quer, que é uma liga sólida para o futuro com a participação do Flamengo, eu acredito. O Flamengo está esperando para ter uma conversa, um diálogo para buscar o processo. Não foi possível e não foi por causa do Flamengo.

Críticas de que o Flamengo quer jogar sozinho

Para encerrar, Bap se defendeu das críticas de que o Flamengo deseja atuar isoladamente: “É claro que o Flamengo não vai jogar sozinho. Isso são guerras de narrativas que são absolutamente tolas. Até porque se o Flamengo fosse jogar sozinho, eu acho que o dinheiro que ia sobrar para os outros seria muito pouco. O Flamengo jogando sozinho, para os outros 19 torcidas seria um desgosto profundo.”

Fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes