Brasil, 8 de outubro de 2025
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Bolsonaristas pedem anistia em manifestação em Brasília

Em ato em Brasília, apoiadores de Bolsonaro pedem anistia ampla e criticam ministros e presidentes do Congresso.

No último dia 3 de outubro, uma manifestação marcada pela presença de parlamentares bolsonaristas e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tomou as ruas de Brasília. O ato, que clamou por uma anistia ampla e irrestrita aos condenados pelos eventos do dia 8 de janeiro, trouxe novamente à tona a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra preso em decorrência das acusações sobre sua participação nos eventos antidemocráticos. O senador Flávio Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia também se uniram aos manifestantes neste evento que, além de pedidos de anistia, foi repleto de críticas a figuras políticas proeminentes.

Anistia e críticas ao governo

Os discursos proferidos durante o ato reivindicaram uma revisão das punições impostas aos envolvidos nos conflitos que abalaram a democracia brasileira. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido por seu discurso inflamado, se referiu ao ministro Alexandre de Moraes como “um miserável”, provocando reações efusivas do público presente. Ferreira afirmou com veemência que “Bolsonaro está preso por força de um miserável chamado Moraes. Mas, Bolsonaro segue firme. Em breve, daremos o grito de liberdade que é ‘anistia já’”, enquanto se apresentava em um carro de som, rodeado por centenas de apoiadores.

A habilidade de mobilização dos bolsonaristas ficou evidente durante o protesto, com movimentos de aglomeração sendo coordenados para que imagens pudessem captar o grande número de participantes. Muitas bandeiras dos Estados Unidos também foram vistas, complementadas por declarações de apoio ao ex-presidente americano Donald Trump, intensificando o clima patriótico do encontro.

Palavras de Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também deixou sua marca no evento, reiterando que a dosimetria das penas não é suficiente para reparar o sofrimento dos que foram condenados. “Meu marido segue preso, sem denúncia, com direitos violados por aqueles que dizem que respeitam a constituição. Somente a anistia pode trazer paz ao Brasil. É constitucional”, declarou Michelle. Sua fala trouxe à tona a narrativa da vitimização do ex-presidente e a injustiça percebida pelos seus apoiadores.

Em meio a um ambiente de tensão política, o deputado Delegado Caveira (PL-PA) se manifestou contra a postura do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, alegando que ele não cumpriu acordos feitos com os bolsonaristas e não avançou com os pedidos de impeachment contra Moraes. “Alcolumbre tem feito pouco e protegido políticos e ministros. A família de Bolsonaro está sendo perseguida, queremos justiça”, afirmou o deputado, demonstrando a frustração de uma ala política que se sente à margem das decisões do Congresso.

Um panorama conturbado

Marcel Van Hattem (NOVO-RS) também se destacou, comentando sobre a abertura de um processo disciplinar contra ele por sua participação na turbulência que paralisou o plenário em agosto. “Podem me injustiçar, isso é muito pouco diante do que vivem os presos pelo 8 de janeiro e as famílias deles. Essa Casa quer cassar mandato de quem quer anistia”, desabafou.

O evento culminou com um chamado à fé por parte de Flávio Bolsonaro, que encorajou os presentes a acreditarem que a anistia está próxima de ser aprovada no Congresso. A manifestação se encerrou por volta das 18h, marcando mais um capítulo na luta política dos bolsonaristas em busca de apoio e legitimação.

A crescente mobilização dos apoiadores de Bolsonaro e a ênfase em questões relacionadas à anistia mostram que o clima político no Brasil permanece tenso e polarizado, refletindo divergências profundas que impactam o futuro do país.

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