Nesta terça-feira (7), o Banco Central informou que atualmente existem R$ 10,46 bilhões em recursos esquecidos por clientes em bancos, consórcios e outras instituições financeiras no Brasil. O balanço considera valores contabilizados até agosto deste ano e reforça a importância de os consumidores verificarem suas possíveis pendências financeiras.
Quem pode consultar e como resgatar dinheiro esquecido
O sistema do Banco Central permite aos cidadãos e empresas consultar se possuem valores a receber, incluindo contas de pessoas físicas, falecidas, e jurídicas. Para realizar a consulta, o único site oficial é o https://valoresareceber.bcb.gov.br. A partir da consulta, é necessário verificar as opções de devolução com as instituições financeiras responsáveis pelos valores.
Para receber os recursos, é obrigatória a utilização de uma chave PIX do tipo CPF, cadastrada na instituição financeira. Caso o beneficiário não possua uma chave, deve entrar em contato para definir a forma de recebimento ou criar uma nova chave e voltar ao sistema. Ressalta-se que, para valores de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, representante legal ou testamentário, além de preencher um termo de responsabilidade.
Prazo para resgate e novidades no sistema
Apesar do prazo oficial para consulta e resgate dos valores ter se encerrado em 16 de outubro de 2024, o Ministério da Fazenda esclareceu que não há data limite para os clientes recuperarem seus recursos. Desde maio, o Banco Central permite a habilitação de uma solicitação automática de devolução, facilitando o processo para quem deseja resgatar valores periodicamente sem precisar fazer novas solicitações manualmente.
Como funciona a solicitação automática de resgate
Para ativar essa funcionalidade, o usuário precisa acessar o sistema com uma conta gov.br de nível prata ou ouro, com verificação em duas etapas ativada, e possuir uma chave PIX do tipo CPF. Nenhum aviso é enviado para o cidadão, sendo o crédito realizado automaticamente na conta vinculada após a solicitação.
O Banco Central reforçou que essa ferramenta visa facilitar a vida do cliente, evitando consultas periódicas e pedidos manuais. Contudo, instituições financeiras que optarem por não aderir ao sistema continuam exigindo a solicitação manual para devolução dos valores, inclusive em casos de contas conjuntas.
Segurança e atualizações no sistema
Em fevereiro, o Banco Central implementou mudanças na verificação de segurança do Sistema Valores a Receber, incluindo a exigência de duas etapas de autenticação para evitar fraudes. Para quem ainda não possui o aplicativo gov.br, é necessário realiza-lo, fazer validação facial e preencher as informações necessárias.
Segundo dados do Banco Central, até agora já foram devolvidos aproximadamente R$ 11,74 bilhões em recursos esquecidos, de um total de R$ 22,2 bilhões disponíveis no sistema. A iniciativa reforça o esforço do órgão em garantir a restituição de valores aos legítimos proprietários.
Para mais detalhes e orientações, os interessados podem acessar o artigo completo no site do G1.
