Após um telefonema que sinalizou uma possível reaproximação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta semana que há expectativa de encontros bilaterais durante sua viagem a Nova York, onde participará da Reunião de Outono do FMI, Banco Mundial e G20. Ele destacou a abertura de um canal de diálogo com a Casa Branca, apesar de ainda não ter agendas confirmadas com representantes dos Estados Unidos.
Perspectivas de diálogo com os Estados Unidos
Haddad afirmou que o Brasil busca reestabelecer uma relação mais transparente e produtiva com os EUA, destacando que os dois países possuem uma história de cooperação de longa data. “A nossa expectativa é de que possamos aproveitar esse momento para conversar com Scott Bessent, o secretário de Tesouro americano, e eventualmente Marco Rubio, indicado por Trump como interlocutor nas negociações com o Brasil”, disse em entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”.
Esforços para agendar encontros
Segundo o ministro, ainda está em fase de diálogo interno para definir as possibilidades de encontro, pois sua agenda doméstica, incluindo negociações no Congresso para o orçamento, tem sido intensa. “Até o final da semana, devo fazer algum movimento para verificar o interesse e a disponibilidade dos nossos interlocutores”, explicou. Ainda não há confirmação de reuniões com Marco Rubio, mas o ministro diz que há uma disposição de “se acertar” com os americanos para avançar na relação bilateral.
Oportunidades de investimentos e cooperação
Haddad ressaltou que o Brasil oferece um conjunto de oportunidades relevantes para investidores americanos, sobretudo em áreas estratégicas como a transição ecológica, minerais críticos, terras raras e energias limpas, incluindo fontes eólica e solar. “O Brasil tem uma posição de destaque na relação comercial com os EUA, sendo um dos poucos países com superávit no seu comércio exterior com eles, ao lado do Reino Unido e Austrália”, afirmou.
Ele também destacou que a América do Sul é a única região com déficit comercial em relação aos Estados Unidos, reforçando a necessidade de atrair mais investimentos para o continente. “Temos muitas oportunidades de transformação ecológica, industrialização e atração de capital estrangeiro, o que deve reforçar o papel estratégico do Brasil no cenário global”, concluiu Haddad.
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