Brasil, 7 de outubro de 2025
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Arquidiocese de Seul inicia processo para reconhecer o legado de padre que fundou o monaquismo na Coreia

A Arquidiocese de Seul recebeu autorização do Vaticano, o “nihil obstat”, para dar início ao processo de beatificação do padre que foi pioneiro na vida monástica na Coreia. A confirmação permitirá que o padre Leo Bang Yu-ryong, que viveu de 1900 a 1986, seja reconhecido como servo de Deus, uma etapa fundamental antes da canonização.

Início do processo de beatificação de padre Leo Bang Yu-ryong

Segundo a agência de notícias Vaticano Fides, a arquidiocese de Seul poderá iniciar a fase diocesana do processo, que inclui a coleta de informações e testemunhos sobre as virtudes heróicas de Bang Yu-ryong e sua reputação de santidade.

O bispo auxiliar de Seul e presidente da comissão diocesana para beatificação, Dom Job Koo Yoo-bi, destacou que nesta primeira fase serão reunidos relatos sobre a vida e as virtudes do sacerdote, que dedicou sua vida à expansão do monaquismo na Coreia.

Vida e legado do pioneiro do monaquismo na Coreia

Padre Leo Bang Yu-ryong nasceu em 6 de março de 1900, numa época marcada pela perseguição aos cristãos na Coreia. Em 1917, ingressou no Seminário Menor de Yongsan, convencido da necessidade de uma vida monástica indígena na Igreja coreana, antes da separação do Norte e do Sul.

Ordenado sacerdote em 1930, atuou na província de Hwanghae, onde promoveu inovações pastorais, como eliminar a separação de meninos e meninas na igreja, introduziu o primeiro órgão e criou um coro juvenil, estimulando atividades entre os jovens e acompanhando aspirantes à vida monástica.

Após a libertação do país em 1945, ele fundou, em 1946, a primeira congregação feminina coreana, os Irmãos das Mártires Coreanas, dedicados a perpetuar o espírito dos mártires patronos, como declarou. O carisma da congregação focava na evangelização em espírito de fraternidade e martírio, para a glória de Deus.

A congregação recebeu aprovação oficial do Vaticano em 12 de dezembro de 1951, e, posteriormente, em 1953, foi fundada a congregação masculina, os Mártires Coreanos, primeira ordem religiosa nativa do país. Ele também criou uma terceira ordem de leigos e autorizou uma congregação de mulheres viúvas e casadas, reafirmando seu compromisso com a espiritualidade e o serviço.

Padre Leo fez seus votos perpétuos em 1957 e dedicou sua vida à consolidação de sua missão até sua morte, ocorrida em 24 de janeiro de 1986.

Outras causas em andamento na Arquidiocese de Seul

Além da causa de padre Leo Bang Yu-ryong, a Arquidiocese de Seul também trabalha na beatificação do bispo Barthelemy Bruguière (1792–1835), primeiro vicano apostólico da Coreia, e do cardeal Stephen Kim Sou-hwan (1922–2009), primeiro cardeal coreano, ambos considerados exemplos de dedicação à Igreja na história do país.

Esta notícia foi publicada originalmente pela ACI Prensa, parceira de notícias em espanhol da CNA, e foi adaptada para o português.

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