Brasil, 7 de outubro de 2025
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Jubileu da IMBISA: uma Igreja assumida e transformadora

Dom Imbamba reflete sobre a missão da Igreja na África Austral durante o Jubileu de Ouro da IMBISA.

Em uma celebração repleta de simbolismo e comprometimento, Dom José Manuel Imbamba, Arcebispo de Saurimo e Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), compartilhou reflexões profundas sobre o significado do Jubileu de Ouro da Associação Inter-Regional dos Bispos da África Austral (IMBISA). O evento ocorreu em Matshapa, no Reino de Eswatini, e reuniu bispos de nove conferências episcopais da região, destacando a importância do papel da Igreja em tempos desafiadores.

Uma Igreja que se assume como luz

“Sentimo-nos Igreja, não uma Igreja escondida, uma Igreja anónima, mas uma Igreja assumida”, afirmou Dom Imbamba, com palavras que ecoaram a esperança de uma comunidade religiosa mais ativa e presente na vida das famílias. O arcebispo ressaltou o desejo de a Igreja ser uma “luz” na sub-região e no mundo, enfatizando a missão de transformar realidades culturais, sociais e políticas através do Evangelho.

O ambiente sinodal destacado durante o Jubileu revelou-se um fator necessário para enfrentar os desafios enfrentados pela população local. “É nossa responsabilidade que as famílias sejam testemunhas vivas do Evangelho”, acrescentou o prelado, reconhecendo o papel vital da Igreja em meio a crises sociais.

Reeleição e compromisso renovado

Durante a celebração do Jubileu, Dom Imbamba foi reeleito vice-presidente da IMBISA, assumindo seu segundo mandato de três anos. A gratidão e o comprometimento com a missão foram evidentes em suas palavras: “Estou muito satisfeito e agradeço pelo ambiente sinodal que vivemos. Este é um sinal de confiança e de continuidade do caminho que juntos queremos percorrer como Igreja.” Essa reeleição evidencia a confiança depositada neste líder, cuja visão para a Igreja se alinha com os valores de comunhão e participação.

Desafios estruturais e resposta da Igreja

O arcebispo apresentou um panorama dos desafios enfrentados pelas conferências episcopais presentes, destacando a pobreza, má governação, migração e a perda de valores humanos como questões estruturais que afetam a dignidade das pessoas. Ele enfatizou o papel profético da Igreja como “Sentinela”, que “proclama, denuncia e propõe” soluções que visam uma sociedade mais justa e humana.

“O nosso compromisso é ser essa voz que faz com que as consciências sejam mais saudáveis”, disse Dom Imbamba, convocando os bispos a engajar-se ativamente na promoção da verdade e da justiça, elementos essenciais para a realização e a felicidade de todos. Diante da complexidade dos problemas, a união das conferências episcopais é necessária para compartilhar respostas eficazes.

Sinodalidade como caminho vivido

A sinodalidade, mencionada por Dom Imbamba, não é uma novidade; de acordo com ele, faz parte do modo de ser da Igreja na África. O arcebispo explicou que a CEAST criou uma Comissão para implementar o Sínodo, que tem o objetivo de promover a vivência desse processo nas dioceses. “Nós, bispos, devemos ser repetidores do que foi aprendido, para que as nossas comunidades possam dar continuidade a essa vivência”, ressaltou.

A Igreja escutando e transformando

Com base nos testemunhos e desafios discutidos, o arcebispo fez um apelo à Igreja para que escute mais, dialoge e construa caminhos comuns. “É fundamental que a vida social, familiar e cívica floresça em nossa região”, afirmou, comprometendo-se a levar o Evangelho a cada família e a influenciar a consciência dos governantes em prol do desenvolvimento e do serviço.

Um legado de esperança

Ao concluir suas reflexões, Dom Imbamba expressou agradecimento aos comunicadores e ao serviço prestado à Igreja universal. “Que continuem a ser essa voz que nos ajuda a pensar e a sonhar”, disse, reconhecendo a importância da comunicação no fortalecimento da comunidade eclesiástica.

O Jubileu de Ouro da IMBISA, celebrado sob o tema “Chamados à comunhão, participação e missão”, não foi apenas um momento de celebração, mas também um convite à reflexão e uma oportunidade de renovação do compromisso pastoral. Com um olhar voltado para o futuro, a Igreja na África Austral se propõe a ser uma “Igreja assumida, sinodal e transformadora”, sempre a serviço do povo de Deus.

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