Depois de crescer ouvindo falar do grande plot twist de “O Sexto Sentido” e tendo a surpresa estragada, finalmente resolvi assistir ao filme de M. Night Shyamalan. E, devo dizer, a experiência foi assustadoramente envolvente e repleta de momentos de tensão que realmente funcionam para quem assiste na fase adulta.
Reações iniciais e detalhes que chamaram atenção
Logo na abertura, a atmosfera sombria e a iluminação de cena criam uma sensação inquietante. O diálogo entre os personagens e a revelação paulatina do mistério mantém o espectador grudado na tela, enquanto as cenas de suspense são construídas com sutileza, sem precisar de trilhas sonoras dramáticas. A cena do bebê Haley Joel Osment andando por aí traz uma identificação divertida ao mesmo tempo que antecipa o que está por vir.
Um detalhe sutil que adorei foi a pilha de tecidos usados ao lado da esposa, que mostra uma preocupação com o simbolismo visual. Além disso, a famosa cena de sair de um cômodo e retornar com algo horrivelmente diferente funciona brilhantemente, reforçando o clima de horror psicológico. Nunca tinha visto Toni Collette atuar, e sua presença transmite toda a damsel in distress com uma veemência que emociona.
Aura de mistério e o impacto do enredo
A narrativa se desenvolve de maneira inteligente, especialmente na forma como o personagem de Bruce Willis tenta ajudar Cole a lidar com seus dons sobrenaturais. A cena do jogo de Dr. Crowe é um momento de tensão genuína, onde a dúvida do protagonista se justifica totalmente. O uso de objetos como a maçaneta da porta para reforçar o mistério demonstra um cuidado de roteirista que muitas produções atuais já perderam.
Ao longo do filme, cada cena de suspense, como o clássico susto de mãos sob a cama, é bem calibrada. Os diálogos entre Cole e as figuras espirituais se mostram incrivelmente bem escritos, com uma naturalidade que dá um toque realista ao paranormal. A sensação de que há algo mais escondido por trás das aparentemente simples cenas é constante, envolvendo o espectador totalmente.
Revelações e o desfecho
Quando finalmente descobri o segredo de Bruce Willis, a reviravolta foi uma mistura de choque e admiração. A maneira como o filme conduz essa revelação, além de visualmente impactante — com a mão desacertada em foco —, reforça como uma história bem contada pode se tornar memorável. A cena final, com a nota emocional do casamento e o silêncio quase absoluto, deixa uma sensação de encerramento que encanta.
Mesmo sabendo do famoso “I see dead people”, foi uma experiência de surpresa genuína, que me fez apreciar ainda mais o roteiro e a direção de Shyamalan. A combinação de atuações convincentes e uma direção de cena impecável elevam o filme a um patamar de clássico moderno.
Reflexões finais
Assistir “O Sexto Sentido” nos dias atuais, com o plot twist estragado, foi uma experiência diferente, mas ainda assim assustadora e emocionante. A construção do suspense, o cuidado com os detalhes e a sensibilidade na abordagem do tema fazem dele uma obra-prima do suspense psicológico. Recomendo a todos, especialmente quem, assim como eu, nunca tinha assistido até agora.
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