Brasil, 7 de outubro de 2025
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Ministros de Lula devem deixar governo para disputar eleições de 2026

Com eleições se aproximando, ministros se preparam para deixar cargos e concorrer a postos legislativos e executivos.

Com a aproximação das eleições de 2026, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se prepara para uma significativa troca de ministros no início do próximo ano. A visibilidade proporcionada pelos cargos públicos motiva diversos auxilares a cogitarem candidaturas a vagas na Câmara dos Deputados e até no Executivo em algumas unidades federativas.

Desincompatibilização e o panorama eleitoral

A legislação eleitoral brasileira estabelece que agentes públicos que desejam se candidatar a cargos diferentes devem deixar suas funções seis meses antes da eleição. No caso das eleições de 2026, o prazo para desincompatibilização se encerra em abril. Com isso, especialistas e analistas políticos estimam que mais da metade dos ministros do governo Lula deverão deixar suas posições para se dedicarem às campanhas eleitorais.

A chefia das pastas, então, ficará sob a responsabilidade dos secretários-executivos, na maioria dos casos, garantindo que a administração siga em funcionamento durante o período eleitoral. Mas quem são os ministros que podem deixar o cargo e quais posições eles pretendem disputar?

Foco no Senado: Estratégia de Lula

Um dos principais objetivos de Lula em relação às eleições de 2026 é ampliar sua base de apoio no Senado. Este ano, a Casa renovará 54 das 81 cadeiras, e o presidente busca reforçar sua governabilidade em uma possível reeleição, evitando a ascensão das forças conservadoras. Nesse contexto, a candidatura de ministros se apresenta como uma estratégia eficaz para conquistar novas alianças no Senado.

Entre os nomes cogitados para concorrer ao Senado estão:

  • Rui Costa (Bahia)
  • Carlos Fávaro (Mato Grosso)
  • Marina Silva (São Paulo)
  • Silvio Costa Filho (Pernambuco)
  • Waldez Góes (Amapá)

Além disso, ministros como Celso Sabino e André Fufuca, que devem sair do governo, também são altamente cotados para disputas senatórias, e mesmo que seus partidos abandonem a base governista, é esperado que continuem a receber apoio do PT em suas candidaturas.

Cenário indefinido em São Paulo

O cenário em São Paulo, um dos maiores colégios eleitorais do país, é mais nebuloso. O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é considerado um forte candidato tanto ao Senado quanto ao governo do estado. A expectativa do PT é garantir ao menos uma vaga por meio de seu representante. Entretanto, há conversas sobre a possível candidatura de Geraldo Alckmin, atual vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, que tem quatro mandatos como governador nas costas.

Alckmin também foi sondado sobre a chance de continuar na chapa de Lula para a reeleição ou mesmo disputar uma vaga no Senado. Além destes, os ministros Márcio França (Empreendedorismo) e Simone Tebet (Planejamento) surgem como possíveis opções para a corrida senatorial.

Apesar das especulações, ambos, Alckmin e Haddad, têm demonstrado hesitação sobre suas candidaturas. Recentemente, Haddad afirmou que não tem uma decisão definitiva sobre seu futuro político: “Neste momento, eu não tenho intenção de ser candidato no ano que vem e vou ter um tempo para planejar minha vida futura”, declarou.

Outras disputas e a coruja de Minas Gerais

Em Minas Gerais, outro colégio eleitoral chave, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é visto como forte concorrente a uma vaga no Senado. De outro lado, Renan Filho, ministro dos Transportes, é apontado como favorito para o governo de Alagoas, segundo pesquisas recentes que indicam 49% das intenções de voto, contra 43% do atual prefeito de Maceió.

Além das disputas para o Senado e governo, uma parte significativa do primeiro escalão do governo também deverá sair em busca de vagas na Câmara dos Deputados, tais como André de Paula (Pesca), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Wolney Queiroz (PDT-PE).

Com esta debandada iminente, o governo Lula enfrenta um desafio crucial: como manter a governabilidade e a coesão política durante um período de transição tão significativo. Enquanto os ministros se preparam para novas batalhas eleitorais, a expectativa é alta sobre qual será o impacto dessas mudanças no cenário político brasileiro a partir de 2026.

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