Brasil, 7 de outubro de 2025
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Terapeuta cristão busca direito de aconselhar adolescentes gays a mudar sentimentos

Um terapeuta cristão busca autorização legal para ajudar adolescentes gays a mudarem seus sentimentos, gerando polêmica nas redes sociais.

Um terapeuta cristão em busca de autorização legal para orientar adolescentes gays a mudarem seus sentimentos está gerando um debate acalorado sobre ética, liberdade religiosa e direitos de minorias. Esse tema se torna particularmente relevante em um momento em que as discussões sobre sexualidade e identidade de gênero estão em alta na sociedade brasileira.

A busca por aconselhamento religioso

O terapeuta, que atende principalmente adolescentes, afirma que sua intenção é proporcionar apoio espiritual e psicológico em um momento delicado da vida dos jovens. Segundo ele, muitos adolescentes que se sentem confusos sobre sua sexualidade podem se beneficiar de orientações que buscam alinhar suas crenças religiosas com suas experiências pessoais. No entanto, essa prática suscita um intenso debate, visto que muitos especialistas em saúde mental afirmam que a terapia de conversão, como é conhecida esse tipo de abordagem, é prejudicial e não respeita a orientação sexual natural dos indivíduos.

A ética do aconselhamento

Os defensores da prática afirmam que é um direito dos terapeutas oferecer aconselhamento que esteja alinhado com suas crenças. No entanto, sua prática é amplamente criticada por organizações de saúde mental e direitos humanos, que argumentam que a tentativa de mudar a orientação sexual de um indivíduo é baseada em falsas premissas e pode causar danos psicológicos profundos. “A orientação sexual não é uma doença a ser tratada, mas uma característica intrínseca ao ser humano”, comenta uma especialista em psicologia, que pede para não ser identificada.

Impacto nas políticas públicas

Esse caso levanta questões sobre as políticas públicas e a necessidade de regulamentação nas práticas de aconselhamento psicológico, especialmente quando envolvem adolescentes. Vários estados no Brasil, já implementaram leis que proíbem a terapia de conversão, reconhecendo o potencial de danos que essa abordagem pode causar. As tentativas de certos profissionais de buscar legalidade para esse tipo de aconselhamento refletem uma resistência às conquistas já alcançadas em relação aos direitos LGBTQIA+ e à proteção de menores.

Reação da sociedade

A reação da sociedade a toda essa discussão tem sido mista. Enquanto alguns apoiam a liberdade de escolha do terapeuta e dos jovens que buscam seu aconselhamento, outros destacam a importância de uma abordagem mais inclusiva e respeitosa com a diversidade sexual. Em redes sociais, debates acalorados estão em curso, refletindo a divisão de opiniões que ainda permeia o assunto. “Não podemos permitir que a fé seja usada como justificativa para práticas prejudiciais”, afirma um ativista dos direitos humanos.

O papel da ciência e da religião

É crucial entender que a ciência e a religião podem coexistir de maneira saudável. Diversos grupos religiosos têm se posicionado contra a terapia de conversão e buscam formas de acolher a diversidade sexual de maneira respeitosa e amorosa. “A terapia deve promover a aceitação e a autocompreensão, não a mudança”, destaca um advogado especialista em direitos humanos. Essa perspectiva ressoa com muitos que acreditam que a fé deve ser uma força de inclusão, e não de exclusão.

À medida que esse caso avança nas instâncias legais e sociais, a necessidade de diálogo e compreensão entre as diferentes partes será mais importante do que nunca. A luta pelo respeito à orientação sexual e pela proteção dos direitos de todos os indivíduos, independentemente de suas crenças ou sexualidade, deve ser sempre a prioridade.

O desdobrar deste caso continua a chamar atenção e levantar questões fundamentais sobre direitos humanos, ética e a necessidade de respeitar a diversidade em todas as suas formas.

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