Brasil, 6 de outubro de 2025
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Execução de policial civil em Niterói gera revolta e investigações

Vídeo mostra o momento em que o policial civil Carlos José é executado em Niterói; três suspeitos foram presos, incluindo policiais militares.

Um vídeo capturado por câmeras de segurança chocou a população ao mostrar a execução do policial civil Carlos José Queirós Viana, de 59 anos, na porta de sua residência em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. As imagens, obtidas pela TV Globo, registram o momento em que os criminosos se aproximam em um carro branco e realizam disparos contra o agente, que se encontrava em frente ao imóvel no momento do crime.

O crime e as investigações

O trágico atentado ocorreu na manhã da última segunda-feira, 6 de outubro. Carlos José foi atingido por doze disparos, conforme documentado na gravação. Logo após a execução, a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Maricá (DHNSG) deu início às investigações, resultando na prisão de três suspeitos poucas horas depois do ocorrido. Dentre os detidos, dois são policiais militares: Cabo Fábio de Oliveira Ramos, do 3º BPM (Méier), e Cabo Felipe Ramos Noronha, do 15º BPM (Duque de Caxias). O terceiro envolvido, Mayck Junior Pfister Pedro, também foi preso.

A ação policial culminou na apreensão de armas com calibres compatíveis aos utilizados na execução e na descoberta de que o veículo utilizado pelos criminosos era clonado. As câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) foram essenciais para rastrear a rota de fuga dos autores até Duque de Caxias, onde as prisões foram realizadas.

Repercussão e comentários de autoridades

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, expressou sua indignação em relação ao envolvimento de policiais militares no crime, afirmando que suas ações maculam a honra da corporação. “Homens são falhos. Mas, se a gente está prendendo, isso mostra que não temos bandido de estimação. A Polícia Militar é a que mais pune, e vamos dar punição àqueles que praticam o crime”, declarou. Ele também ressaltou a necessidade de leis mais rigorosas para punir agentes de segurança que se envolvem em atividades ilícitas.

O delegado chefe da DHNSG, Willians Batista, afirmou que a principal linha de investigação aponta para a execução deliberada, descartando a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo ele, “é bem razoável que eles já tivessem informações precisas sobre a rotina da vítima”.

O que se sabe sobre Carlos José

Carlos José Queirós Viana era comissário na 29ª DP (Madureira) e, segundo informações, foi assassinado ao sair de sua casa para jogar o lixo por volta das 6h30 da manhã. As circunstâncias do crime levantam preocupações sobre a segurança de policiais civis e a necessidade de proteção adequada para estes profissionais, cada vez mais expostos a uma violência crescente.

O clima de insegurança em Niterói e demais áreas do estado do Rio de Janeiro se agrava, refletindo o panorama preocupante da gestão da segurança pública no Brasil. Em resposta a essa situação, a Polícia Militar informou que reforçou o policiamento na região do crime e já realiza um procedimento administrativo interno sobre os policiais detidos, que pode levar à expulsão das corporações.

Expectativas para o desdobramento da investigação

A polícia continua a apurar os desdobramentos do caso, buscando possíveis novos envolvidos na execução de Carlos José. O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, enfatizou que as investigações não param por aqui, prometendo diligências adicionais para garantir que todos os responsáveis sejam identificados e punidos.

A sociedade carioca aguarda respostas e a efetiva atuação das instituições responsáveis para reestabelecer a confiança na segurança pública. A execução de um policial civil em plena luz do dia é um sinal alarmante da desordem que permeia a segurança no estado e reforça a urgência de ações concretas que combatam a impunidade e protejam os profissionais que arriscam suas vidas em prol da segurança da população.

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