Brasil, 6 de outubro de 2025
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Igreja missionária em movimento: uma chamada à ação

A Igreja é convocada a ir além de suas fronteiras, promovendo um movimento contínuo de acolhimento e evangelização.

A Igreja, em sua essência missionária, enfrenta o desafio de ultrapassar as fronteiras do templo e se lançar em um movimento contínuo de acolhimento e evangelização. Este conceito foi destacado por Dom Oriolo, bispo da Igreja Particular de Leopoldina, em uma reflexão sobre a importância do dinamismo nas comunidades eclesiais.

O conceito de movimento na missão da Igreja

Dom Oriolo recorda que o termo “movimento” entrou em seu vocabulário missionário em 2015, ao receber da Arquidiocese de Belo Horizonte um exemplar da revista “Arquidiocese em Movimento”. A publicação oferece um panorama de iniciativas que não apenas atraem e conectam os fiéis, mas também os engajam em uma vivência mais profunda da fé. A proposta da arquidiocese transcende as ações convencionais, desafiando as comunidades a se tornarem proativas e evangelizadoras.

A ideia central é que a Igreja deve ser mais do que um espaço físico; ela deve ser um organismo vivo, capaz de nutrir a fé e formar laços comunitários. Ao promover uma cultura de acolhimento, as comunidades se tornam casas que reconhecem a presença de Cristo no próximo, especialmente nos que mais precisam.

A importância do acolhimento e da eclesiologia

Segundo Dom Oriolo, o movimento missionário é fundamentado em dois eixos essenciais: a cristologia e a eclesiologia. Jesus se identificou com os marginalizados, e a Igreja deve espelhar essa postura acolhedora. O bispo destaca que a prática do acolhimento não é apenas uma sugestão, mas uma exigência na missão evangelizadora da Igreja. Ao acolher o próximo, a comunidade vivencia a maternidade e a missão da Igreja, que deve ir além de seus limites e abraçar a diversidade de experiências.

Além disso, a capacidade de inovar é uma característica intrínseca a uma Igreja em movimento. Com a agilidade de se adaptar às mudanças e realidades do mundo moderno, as comunidades podem encontrar novas maneiras de transmitir a mensagem de Cristo, utilizando novas linguagens e abordagens que ressoem com as gerações contemporâneas. Dom Oriolo acredita que a missão é um ato criativo que não se pode limitar, mas que deve explorar continuamente novas possibilidades.

A dinâmica de uma Igreja em movimento

O movimento é, portanto, a força vital que alimenta a energia e a esperança nas comunidades. Dom Oriolo enfatiza que é esse dinamismo que transforma desafios em oportunidades. Ao invés de permitir que a inércia prevaleça, a Igreja deve enfrentar os obstáculos com determinação, permitindo que cada projeto se mantenha relevante e pertinente.

Inspirados pela ação da Arquidiocese de Belo Horizonte, as comunidades podem estruturar sua dinâmica pastoral, buscando formas de atrair novos fiéis, valorizando o sentimento de pertencimento e comprometendo-se com a missão de levar o Evangelho aos que estão à margem da vida eclesial. Isso exige um esforço consciente para ouvir e compreender as necessidades das pessoas e envolver todos os membros na missão comunitária.

O exemplo de São Paulo e a chamada do Papa Francisco

Dom Oriolo não hesita em comparar o movimento que a Igreja deve experimentar com a ação de Paulo, que, após sua conversão, dedicou-se a levar a Boa-Nova para todos. O bispo reforça que, assim como Paulo fundou comunidades e as encorajou a difundir a mensagem de Cristo, a Igreja atual deve seguir adiante, atendendo ao chamado de Deus e ao exemplo dos apóstolos.

Em conexão com essa visão, o Papa Francisco, em sua encíclica *Evangelii Gaudium*, propõe uma Igreja que não se limite a suas paredes, mas que busque ativamente aqueles que estão distantes, especialmente nas periferias humanas. Ele enfatiza que a Igreja deve ser um lugar de acolhimento, abrindo suas portas a todos, sem distinção.

Em suma, a Igreja é chamada a ser um movimento contínuo de acolhimento que vai além das suas fronteiras, assumindo um papel proativo na disseminação da mensagem de amor e esperança de Cristo. Por meio dessas práticas, podemos construir comunidades mais engajadas, inclusivas e verdadeiramente missionárias.

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