Numa tentativa de esclarecer a controvérsia, a assessora presidencial Karoline Leavitt afirmou que o presidente Donald Trump postou e posteriormente apagou um vídeo gerado por inteligência artificial (IA), que mostrava um deepfake dele mesmo falando sobre uma suposta iniciativa de “medbeds”.
Reação oficial e questionamentos públicos
Após o episódio, um repórter questionou Karoline Leavitt sobre a mensagem que Trump pretendia passar ao público com o vídeo e o motivo de sua remoção. Ela respondeu, de forma evasiva, que “o presidente viu o vídeo, postou e depois retirou, e ele tem o direito de fazer isso. É a sua rede social, ele é extremamente transparente, como todos sabem”.
A resposta, no entanto, não convenceu o público, que passou a questionar a postura do presidente diante de conteúdos claramente falsificados e de teor conspiratório. Internautas criticaram a atitude de Trump, com comentários como: “Achei legal que o presidente espalha teorias malucas sem saber que são falsas”, ou ainda, “Ele faz coisas aleatórias que não entende”.
O fenômeno dos “medbeds” e teorias conspiratórias
O vídeo, que foi rapidamente deletado, mostrava uma suposta inauguração de hospitais de terapia com “medbeds” — uma tecnologia fictícia que promete cura instantânea para qualquer doença, uma ideia ligada a teorias conspiratórias e, em especial, a QAnon. Segundo reportagens do BBC, esses conceitos são frequentemente utilizados para disseminar desinformação.
Impacto na saúde pública e nas redes sociais
Especialistas alertam que conteúdos como esse reforçam teorias conspiratórias que podem atrapalhar ações de saúde pública e gerar desconfiança nas instituições. A postagem de Trump reacende debates sobre os limites do uso de IA na política e na comunicação oficial.
Futuro das fake news e a responsabilidade dos líderes
O episódio reforça a importância de checar informações, sobretudo quando envolvem figuras públicas de grande influência. Como o próprio Trump tem uma vasta base de apoiadores, o uso de deepfakes e conteúdos falsos pode ter consequências significativas na disseminação de desinformação.
Especialistas recomendam maior vigilância por parte das plataformas digitais e uma regulamentação mais rígida para conteúdos gerados por IA, a fim de evitar que fatos fictícios se propaguem como verdade.
O episódio também suscita reflexões sobre a responsabilidade de assessores e porta-vozes em comunicar de forma clara e transparente, combatendo a desinformação antes que ela gere prejuízos à sociedade.