Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma videoconferência com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A conversa foi fruto de acordo entre assessores dos dois líderes, ocorrendo duas semanas após o encontro na Assembleia Geral da ONU, onde Trump manifestou interesse em retomar negociações com o Brasil.
Reaproximação e sinais de diálogo
O diálogo foi acertado no fim de semana por assessores de Lula e Trump. O presidente brasileiro, que atualmente está reunido no Palácio da Alvorada com ministros, como Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), reforçou o interesse em um diálogo mais próximo com Washington. O vice-presidente Geraldo Alckmin também participa das discussões.
Encontro na ONU e química entre líderes
No discurso na ONU, em 23 de setembro, Trump elogiou Lula, chamando-o de “um cara muito legal”, e afirmou que havia combinado uma reunião com o brasileiro para tratar das relações bilaterais. A aproximação vem mais de dois meses após a implementação de tarifas de até 50% sobre produtos do Brasil, justificadas por Trump alegar perseguição judicial contra Bolsonaro, seu antigo aliado.
Discurso e troca de impressões
Trump também criticou o que chamou de cerceamento da “liberdade de expressão” em plataformas digitais e relacionou tarifas à suposta interferência brasileira em liberdades civis. Segundo ele, o encontro rápido na ONU, quando Lula saía do palco, ajudou a criar uma “química” entre os dois. “Ele pareceu um cara muito legal. Gostei dele, e ele gostou de mim. Tivemos cerca de 39 segundos de uma química excelente”, afirmou Trump.
Reação de Lula e expectativas
O presidente Lula, por sua vez, afirmou que ficou surpreso com o discurso de Trump, destacando o clima positivo do encontro. “Fiquei feliz quando Trump disse que havia uma química boa entre nós. Eu já estava saindo do palco, e ele veio até mim com uma expressão muito simpática. Acho que realmente houve uma boa conexão”, declarou Lula.
Próximos passos na relação bilateral
Segundo fontes do governo brasileiro, o contato representa uma oportunidade para aliviar tensões anteriores e buscar um entendimento sobre temas econômicos e diplomáticos. Ainda não há uma data marcada para uma nova reunião, mas a expectativa é de que o diálogo siga aberto nas próximas semanas.
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