Recentemente, o BuzzFeed compilou relatos emocionantes de pessoas que cortaram vínculos com familiares devido às profundas divergências causadas pelo apoio ao movimento MAGA e às atitudes do ex-presidente Donald Trump. Os testemunhos revelam como o apoio ao político polarizou relações e transformou o panorama familiar no Brasil e nos Estados Unidos.
Famílias separadas por diferenças ideológicas
Um dos relatos destaca um familiar com quase 90 anos, que defende firme o trumpismo há décadas, mesmo diante de múltiplas derrotas jurídicas e escândalos. “Ele sabe que está na sua sunset e morrerá Trumpie, rejeitando fatos e reversões de políticas”, conta um amigo anônimo. Acreditar em teorias conspiratórias e apoiar histórias como as de QAnon têm sido motivos de ruptura.
Rejeição por convicções e comportamentos polarizadores
Outro relato é da mãe que, mesmo sendo democrata por toda a vida, foi convencida a votar em Trump por um novo marido, entrando na “bolha” do apoio cego ao ex-presidente. Após anos de mentiras e traições, ela e outros membros da família decidiram cortar laços, refletindo uma ruptura definitiva.
“Ela passou a acreditar em teorias de conspiração, e os valores que uma vez apoiou se perderam totalmente”, enfatiza uma fonte anônima. A dificuldade de diálogo e a perda de confiança são cenas comuns nesses relatos.
Conflitos relacionados à política e à moral
Algumas histórias refletem um rompimento mudo, como o caso de um jovem que foi cortado pelo próprio filho, porque este deixou de apoiar o ex-presidente e passou a falar apenas de Trump, prejudicando o relacionamento familiar.
Já há quem declare que a influência de Trump levou à perda de amizades e até de conexões sociais em plataformas digitais. “Um primo que discordava de mim sobre financiamento a causas como câncer, e que respondeu com um meme ofensivo, terminou sendo bloqueado”, conta uma pessoa anônima.
Relatos de choque e desilusão
As histórias também abordam o impacto emocional de ver parentes sustentando ideias extremas. Um exemplo é o de uma pessoa que não saiu do armário como não binária, mas viu seu relacionamento familiar se desintegrar ao perceber que seus familiares apoiavam políticos que atacam seus direitos.
“Não quero mais falar com eles, pois apoiam alguém que remove direitos do meu grupo”, relata. Outros acabam sendo excluídos por não compactuar com a defesa de Donald Trump, culminando em abandono total ou parcial de laços familiares.
Rompimentos irreversíveis e dor pessoal
Um relato marcante é o de uma mulher que, após a morte do pai, teve seus laços familiares destruídos pela entrada de um novo parceiro apoiador de Trump. “Ela virou a “Kool-Aid”, e eu perdi minha família”, desabafa. Outros, por sua vez, afirmam ter sido ameaçados de morte ou sentir o peso de rejeições irreparáveis por defendarem suas convicções.
Perspectivas futuras
Apesar do trauma, muitas dessas pessoas afirmam que preferem seguir seus caminhos separados, acreditando que a convivência sob tais condições seria insustentável. A polarização política, impulsionada pelo apoio a Trump, tornou-se uma barreira intransponível para muitos familiares, dificultando reconstruir as relações perdidas.
Essos relatos ilustram a profundidade das divisões sociais em torno do apoio a figuras políticas polêmicas e sua capacidade de causar rupturas irreparáveis no núcleo familiar. A esperança de reconciliação, embora presente de alguns, é desfeita por discursos de ódio, teorias conspiratórias e uma narrativa de intolerância que se perpetua.
Para quem deseja entender melhor o impacto desse fenômeno, o BuzzFeed continuará divulgando histórias e análises sobre a polarização americana e brasileira na política contemporânea.
