Em abril de 2025, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforçou seu compromisso com a inclusão ao instituir o projeto Sinais de Justiça, que visa ampliar a valorização de colaboradores surdos e criar novas oportunidades profissionais.
Início da parceria e avanços na digitalização
A parceria com profissionais surdos teve início em 2009, com a tarefa de digitalizar processos judiciais em conformidade com a Lei 11.419/2006. O projeto pioneiro foi fundamental para transformar o tribunal em uma corte totalmente digital, aumentando a eficiência e reduzindo custos.
Os operadores surdos mostraram grande habilidade na digitalização de mais de um milhão de processos, alcançando resultados expressivos e se tornando um exemplo de inclusão no setor público.
Expansão do projeto e novas frentes de trabalho
De acordo com Augusto Gentil, titular da Secretaria Judiciária do STJ, o Sinais de Justiça planeja ampliar a atuação dos colaboradores surdos. A revitalização do espaço de digitalização, já concluída, permitirá aos profissionais trabalhar na virtualização de documentos administrativos, livros, periódicos e obras raras da Biblioteca do tribunal.
Outras ações incluem a digitalização de prontuários do serviço médico e dos Diários de Justiça. Segundo Gentil, “quase todos os itens do projeto já estão em execução ou concluídos”, refletindo o avanço na transformação digital da corte.
Parcerias estratégicas e incentivo à acessibilidade
O tribunal também firmou acordos com o Ibama e o Incra para apoiar a digitalização e modernização dessas autarquias, por meio de parcerias de cooperação técnica.
Ambiente de trabalho mais inclusivo e participativo
Além das ações técnicas, o projeto promove a capacitação do corpo técnico na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e na formação em temas de acessibilidade e combate ao capacitismo. O Sinais de Justiça une participação ativa dos servidores, promovendo comunicação e inclusão independentes
, destacou Daniele Azevedo, da Coordenadoria de Acessibilidade do tribunal.
Augusto Gentil destacou que a humanização do ambiente de trabalho e a valorização dos colaboradores surdos são princípios essenciais do projeto, fortalecendo uma cultura de maior equidade e convivência no órgão.
Mais detalhes sobre o projeto podem ser conferidos no site oficial do STJ.