Brasil, 6 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Papa Leão XIV publica motu proprio sobre investimentos da Santa Sé

Nova Carta Apostólica define responsabilidades em investimentos financeiros da Cúria, promovendo a responsabilidade compartilhada.

Na última segunda-feira, 6 de outubro, foi divulgada a Carta Apostólica do Papa Leão XIV, intitulada Coniuncta cura, que traz novas orientações sobre as atividades de investimento financeiro da Santa Sé. Este importante documento, emitido em forma de motu proprio, objetiva estabelecer diretrizes claras sobre como as instituições da Cúria Romana devem atuar em questões financeiras, respeitando o princípio da “responsabilidade compartilhada” introduzido pela Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, promulgada pelo Papa Francisco em março de 2022.

A responsabilidade compartilhada na administração financeira

A Constituição Praedicate Evangelium define, em seu artigo 219, que a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa) é a responsável pela gestão do patrimônio imobiliário e mobiliário da Santa Sé. Essa gestão visa fornecer os recursos necessários para o funcionamento da Cúria Romana, visando o bem-estar das Igrejas particulares. A norma também menciona que as operações financeiras devem ser conduzidas em cooperação com o Instituto para as Obras de Religião (Ior), que desempenha um papel instrumental nesse processo.

O motu proprio assinado por Leão XIV no dia 29 de setembro busca consolidar disposições anteriores e esclarecer os papéis de cada instituição dentro do processo financeiro da Santa Sé. Um dos pontos mais relevantes é a revogação de um Rescrito de 23 de agosto de 2022, que atribuía ao Ior a competência exclusiva sobre a gestão patrimonial. Esse rescrito determinava que todas as instituições associadas à Santa Sé com atividades financeiras deveriam informar ao Ior sobre seus bens e transferi-los a essa instituição.

Novas diretrizes e a busca por eficiência

O novo motu proprio Coniuncta cura redefine a abordagem das atividades de investimento financeiro da Santa Sé. Segundo o documento, a Apsa deve utilizar a estrutura organizacional do Ior para a realização de atividades financeiras, salvo se os órgãos responsáveis, conforme os estatutos do Comitê para os Investimentos, considerarem mais eficaz recorrer a intermediários financeiros externos.

Essa mudança é significativa, pois promove uma maior colaboração entre as diversas entidades envolvidas na administração financeira da Santa Sé. A intenção é que todos trabalhem juntos de forma mais coesa, compartilhando responsabilidades e otimizando processos, visando não apenas a transparência, mas também a eficiência na gestão dos recursos da Igreja.

Os impactos na administração da Cúria

As novas diretrizes contidas no motu proprio são um passo importante para a modernização e a transparência das finanças da Cúria Romana. O Papa Leão XIV tem mostrado um compromisso em alinhar as práticas financeiras da Santa Sé com os princípios de boa governança e responsabilidade que foram amplamente discutidos nos últimos anos. Ao almejar possibilidades de colaboração e sinergia entre as diversas instituições, ele não apenas atende aos preceitos estabelecidos pelo Papa Francisco, como também busca responder a um clamor por maior transparência por parte dos fiéis.

Além disso, a implementação dessas novas orientações pode trazer benefícios diretos para a missão da Igreja, ao garantir que os recursos financeiros sejam geridos de forma a maximizar seu impacto no trabalho pastoral e nas obras de caridade. A combinação de estruturas organizacionais robustas e a possibilidade de buscar intermediários financeiros quando necessário representam uma abordagem equilibrada que pode servir de modelo para outros organismos dentro da Igreja.

Com a divulgação de Coniuncta cura, o Papa Leão XIV reafirma seu compromisso com uma gestão financeira prudente e responsável, refletindo a necessidade de adaptar-se às exigências do século XXI e respondendo aos desafios que a Igreja enfrenta em um mundo em constante mudança.

As implicações desse motu proprio serão acompanhadas com atenção, pois refletem um movimento mais amplo dentro da Igreja Católica em direção à modernização e à prestação de contas nas finanças e na administração dos bens e serviços prestados à comunidade de fé.

Por meio dessas iniciativas, o Vaticano demonstra uma visão clara sobre a importância da gestão financeira ética, que reforça a missão de serviço e comprometimento com o bem-estar das comunidades.

Para mais informações, acesse o link da fonte.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes