Brasil, 6 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Mercado revisa para baixo projeção de inflação de 2025, pela segunda semana

Analistas reduzem expectativa para a inflação de 2025 e mantêm previsão de crescimento moderado do PIB, segundo relatório Focus do BC

Os analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente pelo Banco Central (BC), revisaram para baixo a projeção de inflação de 2025 pela segunda semana consecutiva. A estimativa passou de 4,81% para 4,80%, conforme o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (6/10).

Projeção de inflação próxima ao limite superior da meta

Apesar de ainda estar acima do teto da meta oficial deste ano, de 4,50%, as expectativas para a inflação de 2025 vêm se aproximando do limite superior do objetivo traçado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2026, a previsão de inflação está em 4,28%, dentro da meta de 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

O que é o relatório Focus

  • O Relatório de Mercado Focus resume as expectativas de mercado financeiro até a sexta-feira anterior à divulgação.
  • É divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central.
  • Traça o comportamento semanal de projeções para preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.
  • As projeções refletem o mercado, não a autoridade monetária.

Perspectivas para 2026 e anos seguintes

Para 2026, o mercado projeta a inflação em 4,28%, acima do centro da meta, enquanto para 2027 e 2028 são estimadas 3,90% e 3,70%, respectivamente. Estas previsões indicam uma manutenção de expectativa de inflação em patamar elevado, embora próximas ao limite superior do teto oficial.

O relatório também mostra que a inflação acumulada de 12 meses ficou acima do limite da meta em junho, ao atingir 5,35%, o que representa o primeiro estouro do novo regime de metas, chamado de “meta contínua”, onde o índice é apurado mês a mês. Caso o acumulado de seis meses consecutivos fique acima do limite, considera-se o descumprimento da meta.

Perspectivas para 2024 e previsão do IPCA

Para setembro, os analistas estimam um aumento de 0,55% no IPCA, o índice oficial da inflação, que será divulgado em 9 de outubro. O Banco Central projeta que, ao fim de 2024, a inflação ficará ligeiramente abaixo do teto da meta, seguindo tendências de desaceleração ao longo do ano.

PIB segue ritmo de crescimento moderado

As projeções do Produto Interno Bruto (PIB) permanecem inalteradas, indicando crescimento de 2,16% em 2025, seguido de 1,80% em 2026, 1,90% em 2027 e 2% em 2028. A desaceleração do crescimento no segundo trimestre de 2024, com alta de 0,4%, reafirma o cenário de ritmo moderado da economia brasileira.

As expectativas do mercado refletem as projeções do Ministério da Fazenda, que estima expansão de 2,3% para este ano, e do próprio Banco Central, que prevê 2%.

Taxa de juros permanece em 15% ao ano

Na reunião de setembro, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, pela 14ª semana consecutiva. As projeções para os próximos anos indicam uma redução gradual, chegando a 12,25% em 2026, 10,50% em 2027 e cerca de 10% em 2028.

Dólar e balança comercial também tiveram revisões

Dólar

As previsões para a cotação do dólar recuaram para 2025 e 2026, passando de R$ 5,48 para R$ 5,45, e de R$ 5,58 para R$ 5,53, respectivamente. Para 2027 e 2028, a taxa de câmbio ficou inalterada em R$ 5,56.

Balança comercial

O saldo esperado para a balança comercial de 2024 foi revisado de US$ 64,60 bilhões para US$ 64,40 bilhões de superávit. As projeções para 2026, 2027 e 2028 também foram ajustadas para baixo, refletindo uma expectativa de menor desempenho na entrada de divisas.

Em setembro, o saldo da balança comercial foi de US$ 5,36 bilhões, e, no acumulado do ano, o superávit soma US$ 59,12 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes