No GP de Singapura, o que poderia ter sido uma celebração para a McLaren F1 transformou-se em um embate entre seus pilotos, Oscar Piastri e Lando Norris. A equipe, que conquistou antecipadamente o campeonato de construtores, viu sua alegria manchada por um incidente logo nas primeiras curvas da corrida. O toque entre os dois pilotos gerou críticas de Piastri, que não hesitou em expressar sua insatisfação pelo rádio, enquanto a Mercedes, vice-líder do campeonato, comemorava a vitória.
Incidente entre Piastri e Norris
Piastri largou em terceiro e Norris em quinto, ambos afastados do desempenho consagrado ao longo da temporada. A corrida começou com Norris conseguindo largar bem, ultrapassando o piloto Kimi Antonelli, mas a situação logo se complicou. Em uma manobra arriscada, Norris tentou se colocar entre Max Verstappen e Piastri, resultando em um toque que quase fez Piastri bater contra o muro. Norris ganhou a posição, mas o incidente logo fez Piastri questionar a dinâmica da equipe.
Piastri se manifesta
A insatisfação de Piastri ficou evidente quando, pelo rádio, ele questionou a decisão da equipe. Após ouvir a explicação de que Norris agiu para evitar um toque com Verstappen, Piastri respondeu com desdém, afirmando: “Isso não me parece coisa de time…”. O australiano não se contentou e ainda exclamou: “Então estamos numa boa depois do Lando simplesmente me forçar para fora da pista?”
Erros na estratégia da McLaren
Além do conflito entre os pilotos, a McLaren enfrentou outros problemas que complicaram ainda mais a corrida de Piastri. Durante o pit stop, o australiano gastou 3.1 segundos a mais em comparação com Norris, o que foi decisivo na corrida. Ao final, a diferença de 2 segundos entre eles na bandeirada final acentuou a rivalidade e a frustração dentro da equipe. Piastri e Norris, que até então estavam em um ambiente de competição saudável, viram suas relações se deteriorarem ainda mais.
Vitória da Mercedes, título da McLaren
Mesmo com a vitória de George Russell da Mercedes, a McLaren pôde celebrar o título de campeã mundial de construtores em 2025, somando impressionantes 650 pontos, que dobram a pontuação da equipe rival, que ficou com 325 pontos. Entretanto, a comemoração da equipe de Woking foi ofuscada pela vitória da Mercedes, evidenciando que o triunfo não foi unânime dentro da própria equipe.
Consequências para a equipe
A briga interna na McLaren não é novidade. O GP de Monza já havia mostrado sinais dessa rivalidade crescente, com Piastri sendo obrigado a devolver a posição para Norris após um pit stop problemático, o que gerou intensas discussões via rádio. A expectativa agora é ver como a equipe lidará com as tensões internas até o final da temporada, principalmente com a pressão crescente e a proximidade das etapas decisivas do campeonato.
Perspectivas futuras
A busca por uma harmonia entre Piastri e Norris será um desafio para a McLaren nos dias que se seguem. Com ambos os pilotos demonstrando habilidades incríveis na pista, é vital que a equipe encontre uma maneira de canalizar essa competitividade de forma construtiva. As próximas corridas serão cruciais para avaliar se a McLaren consegue manter a harmonia e o foco no campeonato, ou se a rivalidade formará um obstáculo em seu caminho. O futuro da equipe e o comportamento de seus pilotos poderão ser decisivos para o sucesso ou fracasso, tanto em termos de campeonatos quanto em suas próprias carreiras na Fórmula 1.
Por fim, a equipe McLaren deve refletir sobre as lições aprendidas no GP de Singapura. A capacidade de superação e a troca de experiências podem ser cruciais. Mesmo em um momento de conflito, a equipe pode prosperar se conseguir unir forças e fomentar um ambiente de apoio mútuo entre seus pilotos.