Brasil, 6 de outubro de 2025
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Minha estreia em “Night of the Living Dead” em 2025: surpresa e reflexão

Assistir ao clássico de George A. Romero pela primeira vez em 2025 trouxe insights inesperados e novas perspectivas sobre o horror de 1968.

Como fã de filmes de terror que acompanha semanalmente uma lista de referências do gênero, decidi assistir ao icônico “Night of the Living Dead”, disponível na HBO Max. Apesar de conhecer a frase “They’re coming to get you, Barbra” e a conclusão famosa, pouco sabia sobre o enredo real, o que tornou essa experiência de estreia bastante reveladora e, até, surpreendente.

Primeiras impressões e estilo romero

Logo de cara, o filme apresenta uma abertura incomum, com uma sequência estranha que remete ao estilo visceral de Romero, caracterizado por uma narrativa que mistura suspense e horror psicológico. O uso de cenas com monólogos de personagens tentando explicar suas experiências cria uma atmosfera densa e assustadora, e ajuda a compreender a essência de uma história que, na época, foi inovadora para o gênero.

O elenco e os personagens

Ben, interpretado por Duane Jones, se destaca como o protagonista forte e decidido, desafiando as expectativas raciais de filmes da época. Sua liderança e as ações de sobrevivência — como incendiar móveis ou montar barricadas — evidenciam uma abordagem mais realista e brutal. Em contrapartida, Barbra parece totalmente despreparada para a situação, mostrando um nível de vulnerabilidade que reforça o clima de desespero.

Ghouls e o mistério não explicado

O filme apresenta criaturas que parecem mortos-vivos, mas alguns detalhes permanecem obscuros, como a origem dos ghouls e se eles realmente são mortos ressuscitados ou algo mais. Essas incógnitas, deixadas em aberto pelo roteiro, contribuem para o clima de mistério e medo, embora possam parecer um pouco confusas para o espectador moderno.

A dinâmica de sobrevivência e conflitos internos

A convivência entre os sobreviventes revela tensões naturais, como conflitos por liderança e diferenças na estratégia de defesa. O debate sobre se confiar ou não em outros personagens, além do perigo externo representado pelos ghouls, cria um suspense psicológico que mantém o interesse. A cena em que Ben tenta proteger o grupo de um ataque com fogo, por exemplo, mostra tanto criatividade quanto vulnerabilidade.

O impacto emocional e o cenário de caos

O clima de caos é intensificado por cenas de horror gráfico, como os ghouls devorando seus companheiros ou ataques brutais. Romero usa efeitos práticos e uma fotografia soturna para realçar o clima de desespero e as emoções humanas em face do apocalipse. Apesar do ritmo do filme, especialmente na primeira metade, sentir-se que o impacto foi maior na época de estreia, quando surpreendia o público por sua abordagem direta e crueldade inevitável.

Reflexões finais sobre o clássico

Assistir a “Night of the Living Dead” em 2025 foi uma experiência que trouxe novas perspectivas sobre o filme e sua importância histórica. Sua narrativa simples, mas eficaz, e os personagens complexos, especialmente Ben, demonstram como o horror pode ser uma lente para refletir questões sociais, raciais e de sobrevivência. Apesar de algumas partes lentas, especialmente na montagem inicial, o filme mantém sua relevância, e sua influência é patente nas produções contemporâneas de zumbis e horror.

Que elementos mais chamaram sua atenção ao assistir a esse clássico? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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