O Brasil fez história neste domingo ao se sagrar campeão geral do Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado em Nova Déli, na Índia. Com um desempenho excepcional, a seleção brasileira conquistou um total de 44 medalhas, sendo 15 de ouro, 20 de prata e 9 de bronze, garantindo assim o primeiro lugar no quadro geral da competição. A China, que ficou em segundo lugar, somou 52 medalhas, com 13 ouros, 22 pratas e 17 bronzes.
A importância da conquista brasileira
Esta é apenas a segunda vez na história que a China não lidera o quadro de medalhas neste mundial, sendo a primeira ocorrência em 2013, em Lyon, onde a Rússia saiu vencedora. Naquele ano, os chineses terminaram na sexta colocação, evidenciando a relevância desta nova conquista brasileira.
Até então, o Brasil havia tido seu melhor desempenho na edição anterior, em Kobe, onde terminou em segundo lugar no quadro geral, com 42 medalhas, sendo 19 delas de ouro. Comparando-se a isso, o desempenho atual representa não só uma conquista de medalhas, mas também um marco histórico na trajetória do atletismo paralímpico brasileiro.
Atletas brasileiros em destaque
Os atletas brasileiros se destacaram ao longo da competição, subindo ao pódio todos os dias. Desde o primeiro dia, o Brasil liderou o quadro geral de medalhas, dividindo temporariamente essa posição com a China. Neste domingo, último dia de competições, o país conquistou seis pódios, incluindo três ouros.
Jerusa Geber: uma estrela em ascensão
Um dos destaques foi a atleta acreana Jerusa Geber, que conquistou a medalha de ouro na prova dos 200m T11 (deficiência visual), marcando seu melhor tempo na temporada: 24s88. Esta vitória representa o segundo ouro de Jerusa nesta prova, após já ter vencido em Paris 2023. Além disso, ela se tornou a atleta brasileira com o maior número de medalhas em Mundiais, atingindo a impressionante marca de 13 pódios.
Outros destaques brasileiros
A potiguar Thalita Simplício também teve um bom desempenho, conquistando a medalha de bronze na prova dos 200m T11. Além dela, a paulista Zileide Cassiano se destacou com uma vitória no salto em distância T20, alcançando a marca de 5,88m. Zileide já havia sido campeã mundial e vice-campeã em edições anteriores, solidificando sua posição no cenário internacional.
A Maratona dos 200m também trouxe glórias ao Brasil, com Clara Daniele inicialmente conquistando a prata, mas depois sendo promovida ao ouro após protesto contra a atleta venezuelana, que foi desqualificada. Maria Clara Augusto, por sua vez, brilhou ao subir ao pódio em três ocasiões, incluindo um ouro nos 400m e uma prata nos 100m.
Resultados e protestos
Com relação às disputas controversas, o catarinense Edenilson Floriani também fez história ao estabelecer um novo recorde das Américas no arremesso de peso F42/F63, alcançando 14,96m. Seu desempenho foi especialmente notável, pois ele já havia conquistado a medalha de bronze no lançamento de dardo.
Em uma competição repleta de emoção, cada medalha conquistada pelos atletas brasileiros não representa apenas uma vitória pessoal, mas sim uma conquista coletiva para o Brasil, promovendo visibilidade e respeito ao esporte paralímpico.
Celebrando o sucesso e a inclusão
A vitória histórica do Brasil no Mundial de Atletismo Paralímpico reflete não apenas a qualidade atlética dos competidores, mas também um esforço conjunto em prol da inclusão e visibilidade no esporte. Esses atletas superaram desafios não só esportivos, mas também sociais, tornando-os verdadeiros exemplos de perseverança e determinação.
Com essa conquista em Nova Déli, o Brasil reafirma sua posição como potência no atletismo paralímpico, inspirando novas gerações de atletas a sonhar e lutar por suas realizações. O futuro promete ainda mais emoções e conquistas!
