Brasil, 5 de outubro de 2025
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Novos métodos de higiene menstrual ganham espaço no Brasil

Alternativas como coletores, calcinhas absorventes e discos menstruais estão crescendo em popularidade e mudando a rotina das brasileiras

A procura por métodos de cuidado menstrual que vão além dos absorventes descartáveis tradicionais tem registrado aumento no Brasil, especialmente entre as mulheres mais jovens, conforme aponta a ginecologista Rafaela Brito, da Rede Casa RJ. Essa mudança é perceptível tanto no consultório quanto nas lojas especializadas, farmácias e marcas de moda praia.

Alternativas sustentáveis e seguras

Segundo Rafaela Brito, a busca por opções mais confortáveis, sustentáveis e que reduzem riscos de alergias tem crescido. Entre as vantagens citadas por ela estão a redução do risco de assaduras, menor impacto ambiental e economia a médio e longo prazo.

Produtos reutilizáveis, como calcinhas absorventes, coletores e discos, estão ganhando destaque. “Muitas mulheres veem essas alternativas como uma forma de autocuidado e cuidado com o planeta”, afirma a médica. Desde 2017, a marca Pantys, por exemplo, estima ter evitado o descarte de 2 bilhões de absorventes, o equivalente a 52 milhões de quilos de resíduos.

Desafios e cuidados essenciais

No entanto, Rafaela alerta que é fundamental seguir orientações de uso e limpeza. Coletores menstruais, por exemplo, exigem higienização adequada para evitar risco de infecções, assim como as calcinhas absorventes, que precisam de uma higiene correta para evitar proliferação de fungos e bactérias.

Ela explica também que a tecnologia empregada nesses produtos inclui camadas que absorvem, retêm o fluxo e evitam vazamentos, além de tratamentos antimicrobianos para prevenir odores e infecções. “O contato com o sangue é seguro quando os produtos são utilizados corretamente”, reforça.

Percepção social e resistência

Apesar do crescimento, especialmente entre mulheres de 18 a 35 anos, há resistência cultural, principalmente entre mulheres mais velhas, que ainda têm dúvidas sobre a tecnologia e preferem manter os métodos tradicionais por questões de higiene ou preconceito. “Existe uma preocupação de que o produto possa ser anti-higiênico, mas é uma questão de informação e adaptação”, afirma Maria Eduarda Camargo, cofundadora da Pantys.

Perspectivas para o futuro da higiene menstrual

Especialistas destacam que a diversidade de opções deve se expandir e que, com o tempo, os produtos reutilizáveis podem se tornar a primeira escolha das próximas gerações. A médica Rafaela Brito reforça que o importante é que cada mulher escolha o método que melhor se adapta ao seu corpo e estilo de vida, garantindo conforto, segurança e bem-estar.

Mais do que uma tendência, essa mudança representa um avanço na consciência sobre saúde, sustentabilidade e autonomia feminina.

(Colaborou Letícia Rafaela, estagiária sob supervisão de Giulia Vidale)

Veja mais detalhes sobre essa transformação na rotina das mulheres no fonte oficial.

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