Brasil, 5 de outubro de 2025
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Ministério da Saúde distribui antídoto contra intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde iniciou a distribuição de antídoto para intoxicações por metanol em 5 estados, após aumento de casos.

No último sábado (4/10), o Ministério da Saúde começou a distribuir etanol farmacêutico, um antídoto fundamental no tratamento de intoxicações causadas pelo metanol, para cinco estados brasileiros. Essa decisão foi tomada em resposta ao preocupante aumento de casos suspeitos e confirmados dessa intoxicação no país, registrado na última semana. As medidas estão sendo implementadas de maneira coordenada com a Polícia Federal, que investiga a crise desde o dia 30 de setembro, e com a Polícia Civil do Estado de São Paulo, que também realiza apurações.

Panorama da crise de intoxicação por metanol no Brasil

Até o momento, São Paulo se destaca como o epicentro da crise, registrando a confirmação de duas mortes devido à intoxicação. O estado contabiliza 14 casos confirmados e 148 casos suspeitos em investigação. Essa situação alarmante levou à urgência nas ações do governo para combater a propagação dos casos.

Números oficiais de intoxicação por metanol

De acordo com os dados mais recentes, há um total de 195 notificações de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas. A maioria das ocorrências se concentra no estado de São Paulo, conforme detalhado a seguir:

  • São Paulo: 162 notificações – 14 casos confirmados e 148 casos suspeitos. Dois óbitos confirmados e sete em investigação.
  • Pernambuco: 11 casos suspeitos em investigação com três óbitos também sob apuração.
  • Distrito Federal: Um caso suspeito.
  • Bahia: Dois casos suspeitos e um óbito em investigação.
  • Paraná: Três casos suspeitos.
  • Mato Grosso do Sul: Cinco casos suspeitos e um óbito em investigação.
  • Outros estados: Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro também registraram casos suspeitos.

Distribuição do antídoto e estratégias de combate

Nesta primeira remessa, foram enviadas 580 ampolas de etanol farmacêutico aos estados afetados:

  • 240 para Pernambuco
  • 100 para o Paraná
  • 90 para a Bahia
  • 90 para o Distrito Federal
  • 60 para Mato Grosso do Sul

Importante destacar que outros estados, incluindo São Paulo, ficaram de fora dessa primeira remessa. A distribuição está sendo feita em parceria com as secretarias estaduais de saúde, com o intuito de atender às demandas locais, conforme manifestado pelo Ministério da Saúde.

Além da distribuição de antídoto, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a compra de um total de 12 mil unidades de etanol farmacêutico e 2,5 mil de fomepizol, outro medicamento efetivo contra intoxicações por metanol. Para garantir um diagnóstico rápido e eficaz, a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária (RNLVISA) mobilizou três unidades que serão responsáveis por análises imediatas: Lacen-DF, Laboratório Municipal de São Paulo e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz).

Estratégias do governo e colaboração com a Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também não ficou à margem dessa crise. Ela mapeou 604 farmácias de manipulação que estão aptas a produzir etanol farmacêutico, garantindo uma resposta rápida a novas demandas. No caso do fomepizol, foram identificadas sete fornecedoras internacionais com capacidade para suprir a necessidade do governo.

Aumento de casos e monitoramento das mortes

A situação permanece crítica, com os números indicando um aumento nas notificações. Segundo boletim atualizado, 14 casos estão confirmados e 181 continuam sob investigação em todo o Brasil. A confirmação de mortes também está em análise, agregando pressão sobre o sistema de saúde. Além dos dois óbitos confirmados em São Paulo, outras 12 mortes estão sendo investigadas, abrangendo os estados de Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul.

Diante desse cenário alarmante, os estados de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Piauí também registraram os primeiros casos suspeitos, indicando que a crise pode se espalhar ainda mais. A colaboração entre as várias esferas de governo e o suporte à saúde pública são cruciais para enfrentar essa grave emergência de saúde.

De acordo com as autoridades, a população deve estar atenta aos alertas e evitar o consumo de bebidas que possam conter metanol, agravando ainda mais a situação.

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