Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, contestou duramente as recentes críticas do Papa Leo XIV às políticas de imigração e aborto defendidas pelo governo Trump, durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira. A militante católica, que frequentemente é vista usando uma cruz e orando com sua equipe, afirmou que não houve tratamento desumano com imigrantes ilegais nos Estados Unidos sob a administração atual.
Resposta a críticas do Papa Leo XIV
Questionada pelos jornalistas sobre as declarações do pontífice, Leavitt rejeitou a acusação de inumanidade, alegando que a gestão Biden, por outro lado, teria permitido situações de tráfico, estupros e mortes envolvendo imigrantes. “Houve um tratamento desumano em administrações anteriores, incluindo a de Biden, que enfrentou críticas similares,” disse ela, tentando desviar o foco das críticas papais.
Leavitt, uma católica devota, costuma defender suas posições religiosas publicamente, o que contrastou com a postura crítica do papa ao posicionamento político de figuras como Donald Trump e alguns apoiadores do movimento MAGA, que ela também criticou na coletiva.
Contexto das críticas papais à administração Trump
O Papa Leo XIV chamou atenção na terça-feira ao criticar duramente as políticas de imigração e aborto do governo Trump, em resposta às ações requentadas por grupos conservadores. Em entrevista a jornalistas, o pontífice afirmou que as ações que promovem a exclusão e a violência contrariam princípios de uma postura verdadeiramente “pro-vida”.
A controvérsia aumentou após o Vaticano anunciar a premiação de um político como o senador Dick Durbin, defensor do aborto e das políticas de imigração, o que gerou reações de setores mais conservadores da Igreja Católica, como Leavitt, que insiste na importância de alinhar fé e política.
Internacionalização do debate religiosos-político nos EUA
Este episódio revela o embate entre princípios religiosos e políticas públicas nos Estados Unidos, onde a postura de líderes religiosos sobre temas políticos se torna cada vez mais polarizada. Enquanto o Papa defende uma visão de compaixão e inclusão, partidários do conservadorismo, como Leavitt, reafirmam o compromisso com valores tradicionais.
Perspectivas futuras
Analistas políticos avaliam que posições públicas como a de Leavitt podem reforçar o discurso polarizador, tornando o debate sobre imigração e direitos civis ainda mais acirrado. O governo dos EUA ainda não se pronunciou oficialmente sobre as críticas do Papa, mas deve manter sua linha de defesa dos direitos dos imigrantes e de políticas pró-vida.
O conflito entre posições religiosas e políticas reforça a complexidade do cenário atual, evidenciando o papel cada vez mais político de líderes religiosos e assessores governamentais.