Brasil, 4 de outubro de 2025
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Profissionais de saúde condenam comentário de Karoline Leavitt sobre checagem de status de imigração em UPAs

Questionamento da assessora da Casa Branca gerou forte repercussão ao sugerir que ERs não devem tratar pacientes sem verificar imigração

Nesta quinta-feira, o comentário da secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, sobre a possível checagem do status de imigração antes do atendimento em emergências provocou indignação entre profissionais de saúde. Ao ser questionada por um repórter se os serviços de emergência deveriam verificar a imigração antes de tratar pacientes em estado crítico, Leavitt respondeu que não era uma questão para ela, indicando que essa decisão caberia a especialistas da área de saúde e jurídicos.

Reações da comunidade médica a declarações de Leavitt

Especialistas da área médica criticaram severamente a postura de Leavitt. O médico e analista da CNN, Dr. Jonathan Reiner, declarou que a ideia de negar atendimento de emergência com base no status de imigração “é imoral” e vai contra o dever de salvar vidas.

O Dr. Craig Spencer, um renomado médico de emergência que sobreviveu ao Ebola, afirmou que nunca pergunta sobre imigração ou seguro ao cuidar de pacientes em estado crítico. “Minha obrigação é responder ao indivíduo diante de mim, como se nem a imigração nem o seguro existissem naquele momento”, disse, acrescentando: “O que os americanos querem que eu faça ao atender alguém que está morrendo e é indocumentado? Deixá-lo morrer? E se ele não tiver seguro? Checar se pagou as mensalidades antes de medir seu pulso?”

Debate sobre ética e acesso ao atendimento emergencial

A polêmica reacende o debate sobre as questões éticas no sistema de saúde dos Estados Unidos, onde a vida de uma pessoa não deveria estar condicionada ao seu status migratório. Segundo especialistas, negar atendimento ou fazer verificações de imigração em situação de emergência viola princípios fundamentais de assistência médica e de direitos humanos.

De acordo com o artigo da HuffPost, a posição de Leavitt foi amplamente criticada por profissionais, defensores dos direitos humanos e entidades de saúde que reforçam que todos devem ter acesso imediato a cuidados em casos de risco de vida, independentemente de seu status migratório.

Impacto na política de imigração e saúde

O episódio evidencia os debates acalorados em torno de políticas migratórias e o acesso universal à saúde nos EUA. Enquanto alguns políticos defendem verificar o status de imigração para evitar abusos do sistema, médicos e organizações internas alertam para o risco à vida de cidadãos e imigrantes ao adotar práticas discriminatórias.

O governo e entidades de saúde ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as declarações de Leavitt, que seguem alimentando a controvérsia sobre o limites éticos no atendimento emergencial.

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