A assessora de imprensa Karoline Leavitt, conhecida por sua forte fé católica e postura alinhada ao conservadorismo, afirmou nesta quarta-feira (22) que rejeita as recentes críticas do Papa Leo XIV às políticas imigratórias e ao movimento pró-vida nos Estados Unidos. As declarações do pontífice viralizaram após ele questionar a sinceridade do apoio aos valores pró-vida por parte de apoiadores de Donald Trump.
Reação de Leavitt às críticas do Papa
Durante uma coletiva no Departamento de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt afirmou: “Rejeito que exista um tratamento desumano de imigrantes ilegais sob esta administração.” Ela também tentou desviar o foco ao afirmar que houve “tratamento desumano na administração anterior”, ao se referir ao governo de Joe Biden, que, segundo ela, também “traficou, estuprou, bateu e matou imigrantes”.
Leavitt, que costuma ser fotografada usando cruzes e participa de orações com sua equipe, criticou duramente as declarações do Papa sobre a hipocrisia de apoiadores de Trump e de políticos que defendem a imigração e o aborto, considerados “pro-vida” por ela.
Contexto político e religioso nos EUA
As declarações do Papa Leo XIV ganharam repercussão após ele criticar públicamente a política de imigração do governo Trump, além de apontar que o apoio ao aborto e à imigração dos apoiadores de Donald Trump estaria em desacordo com o verdadeiro espírito pró-vida. Esta foi a resposta do pontífice às ações do ex-presidente, considerados por ele hipócritas.
Na mesma linha, Leavitt, que é bastante dedicada à sua fé católica, tem se posicionado consistentemente contra o que ela classifica como “agenda liberal” e defende os valores tradicionais e conservadores.
Repercussões e controvérsias
As críticas de Leavitt intensificam a polarização entre setores religiosos conservadores e a postura mais progressista do Vaticano. Segundo especialistas, esse conflito reflete as tensões internas enfrentadas pela Igreja Católica nos EUA, que tenta conciliar doutrinas tradicionais com uma sociedade cada vez mais polarizada.
Este episódio também revigora o debate sobre o papel da religião na política americana, especialmente quando altos representantes da Igreja se posicionam em temas sensíveis como imigração e direitos humanos.
Perspectivas futuras
Analistas apontam que as divergências entre líderes religiosos e figuras políticas podem agravar a polarização nos próximos anos. A postura de Karoline Leavitt indica uma forte resistência às posições papais, potencialmente alimentando um vento conservador ainda mais rígido na política e na religião nos EUA.
O embate entre os diferentes discursos evidencia a complexa relação entre fé, política e direitos civis no país.