Brasil, 4 de outubro de 2025
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Disputa interna no PL-RJ: Portinho critica Castro e fala sobre Senado

O senador Carlos Portinho intensifica críticas ao governador Cláudio Castro, destacando a disputa interna no partido rumo ao Senado em 2026.

O clima quente nas hostes do PL (Partido Liberal) no Rio de Janeiro tem chamado a atenção nos últimos dias. O senador Carlos Portinho tem adotado um tom crítico em relação ao governador Cláudio Castro, o que acendeu um alerta para uma possível rixa interna entre os nomes mais proeminentes do partido. A disputa pela vaga ao Senado em 2026, que promete ser acirrada, é o pano de fundo dessa crescente tensão, especialmente considerando que a reeleição do senador Flávio Bolsonaro já parece garantida.

Críticas à gestão de Cláudio Castro

Em uma entrevista recente ao jornal O Globo, Portinho não hesitou em criticar a gestão de Castro, especialmente na área da segurança pública. O senador argumentou que a falta de posicionamento do governador em temas relevantes para o bolsonarismo no Legislativo configura um “rabo preso”, comprometendo a capacidade de governar efetivamente. “Não posso não me indignar com os problemas recorrentes de segurança que o estado vem enfrentando”, destacou Portinho, referindo-se aos tumultos em Copacabana e à resposta ausente do governo estadual.

O cenário político no PL

Portinho, que assumiu o cargo de senador em 2020 após a morte de Arolde de Oliveira, sente que sua posição e experiência o tornam um candidato viável para 2026. Ele comentou: “Represento valores típicos da direita e tenho boa interlocução com todos os partidos.” A autoconfiança do senador pode ser vista como uma estratégia deliberada para se distanciar de Castro, que foi eleito governador com quase 60% dos votos em 2022, em contraste com a trajetória de Portinho.

Questionado sobre a competitividade de Castro nas próximas eleições, Portinho foi enfático: “Acredito nos compromissos. Somente um governador que tenha baixa rejeição poderá almejar uma candidatura ao Senado. É preciso unir o centro e a direita, e Castro enfrenta dificuldades para isso.” A observação coloca em evidência um aspecto crucial da disputa: a habilidade de agregar forças políticas em um cenário cada vez mais polarizado.

Expectativas para a candidatura ao Planalto

A indagação sobre quem será o candidato do PL à presidência da República também permeou a conversa. Portinho acredita que a definição do nome é crucial e considera que a presença de um Bolsonaro na chapa é fundamental para transferências de votos, sendo este um fator determinante para enfrentar Lula. “Michelle e Flávio Bolsonaro são nomes válidos, mas Flávio tem uma missão importante no Senado”, ponderou.

O cenário atual no PL-RJ é um reflexo de um jogo político mais amplo, onde a articulação entre governadores, senadores e candidatos à presidência se desenrola em um tabuleiro que requer cuidados e estratégias afinadas. A demora de Bolsonaro em definir seu candidato pode estar prejudicando a articulação do partido, o que, segundo Portinho, impacta negativamente as expectativas em relação às candidaturas a governo e Senado.

O futuro do PL no Rio e os desafios à frente

Portinho finalizou a entrevista destacando a necessidade de um líder no partido que seja capaz de unir as forças políticas no Rio de Janeiro, especialmente em um ambiente onde Eduardo Paes parece estar navegando sozinho na corrida eleitoral. A falta de unidade pode ser um fator determinante para a sobrevivência política do PL nesse conturbado cenário.

Com a tensão entre Portinho e Castro aumentando, e a corrida eleitoral se aproximando, a dinâmica interna do PL-RJ está em constante transformação. Os próximos passos dos envolvidos nessa disputa serão cruciais para entender como o partido se posicionará diante das eleições de 2026.

As movimentações políticas em tempos de incerteza revelam não apenas os desafios das lideranças, mas também as expectativas do eleitorado, que observa atento as articulações na busca por um futuro político mais estável e representativo.

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