As autoridades do estado do Rio de Janeiro estão em alerta máximo após a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) emitir um mandado de prisão contra Márcio Alves Pina, conhecido como Carioca. Ele é acusado de ser um traficante de armas e munições que abastece facções criminosas em diversas localidades do estado.
A perseguição ao Carioca
Márcio Alves, residente em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, se tornou alvo das investigações após uma significativa apreensão de munições em Seropédica. No dia 20 de outubro de 2023, a Polícia Rodoviária Federal em conjunto com a Polícia Civil realizaram uma operação que resultou na apreensão de 815 projéteis de fuzil, calibre 7,62 mm, encontrados escondidos no pneu estepe de um veículo Volkswagen Amarok.
Os ocupantes do carro, Allyne Figueiredo Salgado e Marcílio Feitosa de Oliveira, foram detidos em flagrante. Durante o interrogatório, Marcílio revelou que havia sido contratado por Carioca para transportar as munições de Foz do Iguaçu, no Paraná, até o Rio de Janeiro. Segundo informações da investigação, a entrega estava programada para ocorrer na Central do Brasil, com destinação final a um apartamento em Copacabana, antes de serem enviadas ao Complexo da Maré, uma das áreas com maior número de conflitos entre facções.
O esquema de tráfico
A apreensão das munições levou a uma série de investigações que mostraram o envolvimento direto de Márcio Alves Pina nos esquemas de tráfico de armas. Após a prisão de Allyne e Marcílio, a polícia encontrou evidências nos celulares deles, incluindo imagens das munições embaladas e mensagens que indicavam depósitos financeiros na conta de um dos envolvidos, totalizando R$ 2 mil. Em uma das fotos, Carioca aparece segurando um fuzil com a sigla “PU”, importante referência à comunidade Parque União, no Complexo da Maré, controlada pela facção Comando Vermelho.
A movimentação de Carioca
As investigações indicam que no dia em que Allyne e Marcílio foram presos, Carioca estava na comunidade Parque União esperando a chegada dos cartuchos de munição. Na sequência, ele deixou o estado do Rio de Janeiro no dia 21 de outubro, retornando a Foz do Iguaçu. A Justiça do Rio já havia se manifestado em relação ao casal, negando um pedido de diminuição da pena solicitado pela defesa, conforme decisão da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita em dezembro de 2024.
Impactos das investigações e apreensões
A operação em Seropédica foi um duro golpe para o tráfico de armas na região, que tem se mostrado uma preocupação crescente para as autoridades. O tráfico de munições e armas para facções criminosas não só alimenta a violência nas comunidades cariocas, mas também coloca em risco a vida de civis inocentes. A apreensão de tais lotes de munição indica a necessidade urgente de medidas mais rigorosas por parte das autoridades para conter o fluxo de armamentos nas ruas.
Com a continuação das investigações, a polícia está mobilizando recursos para localizar Márcio Alves Pina e desmantelar as teias de tráfico que operam entre as regiões mais críticas do Rio de Janeiro e outros estados, como Paraná.
O que vem a seguir?
A captura do Carioca é uma das prioridades da polícia, que conta com a colaboração da população. Denúncias anônimas e o apoio da comunidade são essenciais para que ações efetivas possam ser tomadas para acabar com o tráfico de armas e proteger as comunidades afetadas. Após as apreensões e com a continuidade das investigações, o impacto da atuação policial no tráfico de armas pode ser sentido no cotidiano carioca.
A luta contra o crime organizado ainda exige um esforço conjunto das autoridades e da sociedade civil. Márcio Alves Pina, conhecido como Carioca, continua foragido, mas a esperança é que sua captura e ações semelhantes possam trazer um pouco mais de paz para as comunidades ameaçadas pela violência do tráfico.
Para mais informações, permaneça atento às atualizações. O combate ao tráfico de armas no Brasil é uma questão complexa e que requer atenção contínua da sociedade e das forças de segurança.
