A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou nesta quarta-feira (26) que rejeita as críticas do Papa Leo XIV às políticas de imigração dos Estados Unidos, defendendo a dignidade dos imigrantes e alegando que houve tratamento desumano em administrações anteriores e na atual.
Rejeição às críticas papais e defesa dos direitos dos imigrantes
Durante uma coletiva de imprensa no briefing diário, Leavitt afirmou que “não há tratamento desumano” na gestão atual dos EUA em relação aos imigrantes. Ela acrescentou que “houve também situações de tráfico, violência e mortes” sob o governo anterior, tentando desviar o foco das críticas do pontífice.
Karoline Leavitt, uma católica devota que costuma ser fotografada com uma cruz e orando antes de suas entrevistas, destacou a importância de respeitar os direitos civis dos imigrantes. “Nossa administração trabalha para garantir que todos tenham um tratamento humano e justo”, afirmou.
Contexto das críticas do Papa à administração Trump e ao senador Dick Durbin
As declarações de Leo XIV aconteceram após o Papa criticar a postura de apoio à imigração por parte do senador democrata Dick Durbin, que também recebeu uma homenagem na arquidiocese de Chicago. O papa questionou a coerência de políticos que defendem a vida e direitos humanos enquanto apoiam políticas que, na visão dele, são cruéis ou desumanas.
Em fevereiro deste ano, o pontífice também criticou publicamente o ex-vice-presidente JD Vance, por suas posições rígidas sobre hierarquias bíblicas. Na ocasião, Leo XIV afirmou que “Jesus não pede para classificar o amor”, reforçando uma postura mais compassiva e inclusiva.
Debate sobre valores religiosos e políticas públicas
A controvérsia envolvendo o Papa Leo XIV e figuras políticas nos EUA reflete o choque de visões sobre ética, fé e direitos humanos na política moderna. Enquanto o pontífice reforça a mensagem de amor e compaixão, apoiadores de políticas mais duras defendem a soberania e o ordenamento social.
Impacto e desdobramentos futuros
Especialistas indicam que o confronto entre Igreja e política deve continuar, sobretudo em temas sensíveis como imigração e direitos civis. A postura de Leavitt reforça a resistência do governo norte-americano em aceitar críticas externas, promovendo uma disputa ideológica de grande repercussão.