Como fã de filmes de horror que acompanha semanalmente as melhores novidades do gênero, decidi finalmente assistir ao influente “Night of the Living Dead” (1968), disponível na HBO Max. A expectativa era por um filme icônico e assustador, mas a experiência revelou elementos surpreendentes e possibilidades de reflexão poucoantes da minha compreensão inicial.
Primeiras impressões e revelações
Logo na abertura, me deparei com um ritmo diferente do que imaginei, incluindo uma sequência de abertura bastante estranha e uma mensagem de título que parecia indicar um tom mais grave. Ao longo do filme, percebi que, apesar de toda sua fama, tinha dificuldades para entender a trama, principalmente pela ausência de explicações claras sobre a origem dos mortos-vivos. Alguns detalhes, como os ghouls, parecem inginamente deixados no mistério, o que acrescenta uma camada de inquietação.
A presença de personagens e estratégias de sobrevivência
Os personagens do filme oferecem uma variedade interessante de atitudes diante do caos. Ben, por exemplo, surge como uma figura de liderança forte, embora suas ações às vezes revelem um instinto de sobrevivência implacável. Por outro lado, personagens como Barbra demonstram uma inabilidade que, mesmo na situação extrema, pode gerar frustrações — como sua incapacidade de se manter segura ou ajudar.
Um dos pontos mais marcantes foi a interação entre os sobreviventes, repleta de tensões humanas e conflitos que parecem antecipar conflitos atuais, mesmo décadas depois. A cena em que Ben queima o braço de uma poltrona, por exemplo, mostra uma estratégia simples, mas eficaz, de manter a ameaça longe, algo que muitos poderiam aplicar na vida real.
O terror na prática: o horror e a estética do filme
O filme tem uma estética que remete ao estilo clássico de Romero, com efeitos práticos de maquiagem e uma atmosfera que mistura suspense com o próprio horror sanguinolento. Ver os ghouls atacando, especialmente o momento grotesco em que um deles come uma criatura, foi perturbador — um exemplo do quão visceral o filme foi para o seu tempo.
Apesar do relato de que o filme não é apenas sobre zumbis, mas sobre o colapso social, minhas impressões indicam que a própria ambientação e os personagens entregam uma narrativa de sobrevivência crua e sem rodeios.
Críticas e pontos de reflexão
Embora essa primeira experiência tenha sido positiva, percebo que algumas atitudes dos personagens, como ataques às próprias pessoas, revelam uma fragilidade que, talvez, reflita aspectos da sociedade da época. Ainda assim, a escolha por menos diálogo e mais ações rápidas permaneceu um aspecto do filme que achei interessante, embora às vezes cansativo.
Impacto e legado do filme
Ao final, fiquei surpreso ao reconhecer a importância histórica de “Night of the Living Dead”. A narrativa, as cenas de suspense e as escolhas de Romero estabeleceram padrões para o horror cinematográfico. E, mesmo com minhas expectativas, a obra me entregou reflexões atuais sobre medo, liderança e a natureza humana diante do desespero.
Se por um lado o filme apresenta um ritmo que poderia ser mais acelerado na primeira metade, por outro, seu impacto emocional e sua crítica social continuam relevantes nos dias de hoje. Indiscutivelmente, um clássico que merece ser visto e repensado na nova era.
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Assistir a esse filme foi uma experiência de descoberta, revelando como obras clássicas continuam a oferecer insights atuais. Quais momentos ou elementos te marcaram mais? Deixe seu comentário abaixo!