Após ser associado ao Fluminense como um dos possíveis reforços após a saída do ídolo Jhon Arias para o Wolverhampton-ING, o meia argentino Luciano “Lucho” Acosta logo chamou a atenção da torcida, não apenas pelo seu talento dentro de campo, mas também por sua estatura de 1,60 m. Essa característica gerou diversas brincadeiras e comparações com outro jogador de baixa estatura, Soteldo. Adquirido por 4 milhões de dólares (cerca de R$ 21 milhões), Acosta possui contrato até 2028 e, em pouco tempo, transformou-se em um dos pilares do time sob a gestão do técnico Luis Zubeldía. Hoje, ele se prepara para enfrentar o Atlético-MG às 18h30 no Maracanã, em um importante jogo do Campeonato Brasileiro.
Talento nas alturas: Acosta e suas habilidades
Desde sua chegada ao Fluminense, Lucho Acosta já demonstrou sua qualidade em campo, sendo reconhecido como um jogador criativo e habilidoso, típico de um camisa 10. Mesmo enfrentando limitações físicas devido à baixa estatura, o meia argentino compensa com uma inteligência tática aguçada, capaz de criar jogadas e ocupar espaços no meio-campo.
“Por conta da altura, ele (Acosta) precisa ser mais rápido no raciocínio. Com a perna menor, há mais dificuldades de levar vantagens físicas, então é necessário pensar em executar mais rápido. Claro que isso tem a ver com a parte técnica também, mas, principalmente, com o raciocínio”, afirma Rodrigo Coutinho, analista de desempenho e comentarista do Grupo Globo.
Essas habilidades têm se mostrado cruciais para o Fluminense, especialmente após a perda de Jhon Arias, que foi para o futebol inglês. A diretoria tricolor optou por trazer dois jogadores da MLS, Acosta, como um jogador experiente aos 31 anos, e Santiago Moreno, um colombiano com 25 anos e menos experiência, com a expectativa de que ambos possam contribuir de maneiras distintas para o time.
Desafios e adaptações no elenco
O novo técnico Zubeldía tem encarado o desafio de adaptar o estilo de jogo do Fluminense ao perfil de seus jogadores, especialmente com a inclusão de Acosta, que tem um estilo de jogo que favorece passes curtos e associações rápidas. “O time deve procurar ter mais a bola quando Acosta estiver em campo, já que sua contribuição defensiva é baixa, e ele não é o melhor jogador para velocidade em contra-ataques mais longos”, comenta Coutinho.
Enquanto isso, a torcida já começou a se entusiasmar pelo futebol de Acosta, que promete trazer novas dinâmicas ao time, contribuindo significativamente para o ataque. Nos últimos jogos, como no empate em 0 a 0 contra o Santos, a presença do meia mostrou-se decisiva, pois seu estilo de jogo se encaixa bem na proposta de Zubeldía.
A trajetória de Acosta e sua adaptação no Fluminense
Revelado pelo Boca Juniors-ARG, Acosta começou a ganhar notoriedade no futebol americano, onde foi eleito o melhor jogador da liga em 2023 enquanto atuava pelo FC Cincinnati. Sua carreira sofreu uma virada positiva, e ele quase se transferiu para o Paris Saint-Germain em 2019, quando a equipe francesa fez uma proposta que foi recusada pelo DC United, onde jogava na época.
Neste momento, a posição de Ganso no time tem se mostrado cada vez mais vulnerável devido a lesões e baixa forma, tornando a presença de Acosta ainda mais relevante. No último clássico contra o Botafogo, Lucho já havia demonstrado evolução e potencial para se consolidar como titular, e sua capacidade de carregar as características de um meia ofensivo tem sido um fator positivo na dinâmica do ataque do Fluminense.
Por fim, cabe ressaltar que a chegada de Acosta e o retorno de informações esportivas sobre jogadores como Thiago Silva e Samuel Xavier, que estavam poupados por questões físicas, prometem impactar a escalação do Fluminense diante do Atlético-MG. Os tricolores esperam que, com a força do time e as novas adições, a equipe esteja pronta para levar a melhor na partida e seguir em busca de melhores resultados no Campeonato Brasileiro.