Karoline Leavitt, assessora de imprensa de Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira (24) que o governo dos Estados Unidos não cometeu tratamento desumano com imigrantes ilegais, após comentários contundentes do Papa Leo XIV sobre políticas de imigração e a hipocrisia de movimentos pró-vida ligados ao Partido Republicano.
Respostas às críticas papais às políticas de imigração
Durante uma coletiva no Nordeste de Washington, Leavitt declarou que “não houve tratamento desumano com imigrantes ilegais sob a administração atual”. Ela, no entanto, desviou o foco, acusando administrações anteriores de “trafficking, estupro, violência e até mortes de imigrantes”.
“Houve, sim, problemas de proteção e direitos humanos sob administrações passadas, inclusive sob a gestão de Donald Trump, que muitos republicanos defendem”, afirmou Leavitt. A assessora, que é conhecida por sua fé católica devota — frequentemente vistas com uma cruz e orando antes de reuniões — também reforçou a postura do governo Biden na defesa dos direitos imigratórios.
Reação a críticas do Papa Leo XIV
O pontífice brasileiro, conhecido por suas análises críticas às políticas de direita, afirmou que o movimento MAGA (Make America Great Again) não é verdadeiramente pró-vida, ao denunciar hipocrisia na postura de conservadores quanto à defesa da vida, enquanto apoiam políticas de imigração em conflito com valores cristãos.
A declaração do Papa veio após questionamentos sobre a homenagem de uma arquidiocese de Chicago ao senador Dick Durbin, apoiador de aborto e direitos civis civis, o que provocou o descontentamento de setores conservadores ligados à Igreja.
Polêmicas anteriores e posicionamentos do Papa
Este não é o primeiro confronto de Leo XIV com figuras políticas de direita. Em fevereiro, então cardeal, ele criticou duramente o senador JD Vance, que defende uma hierarquia bíblica rígida. Leo XIV afirmou que “Jesus não pede para classificar o amor por outras pessoas” e criticou a postura de Vance de priorizar determinados grupos em detrimento de outros.
O papa vem ganhando destaque por suas críticas às ações de governos considerados “extremamente cristãos”, especialmente em relação à questão migratória e à defesa de direitos civis, mostrando uma postura mais alinhada com valores humanitários.
Perspectivas futuras
Especialistas em política internacional destacam que a postura de Leo XIV reforça o debate sobre o papel da Igreja na política contemporânea, especialmente frente às posições de movimentos conservadores nos Estados Unidos. A discussão sobre a viralização de ataques às lideranças políticas deve continuar acalorada nas próximas semanas.
Para saber mais, leia também: Pape Leo XIV questiona as posições pró-vida do movimento MAGA.