O Clube de Regatas Vasco da Gama deu um importante passo rumo à modernização de seu estádio, São Januário. Na última sexta-feira, no Palácio da Cidade, em Botafogo, o Vasco e a Prefeitura do Rio de Janeiro assinaram o termo definitivo de transferência do potencial construtivo do estádio. O evento contou com a participação do prefeito Eduardo Paes e do presidente do clube, Pedrinho, além de outros dirigentes e secretários municipais, que testemunharam este marco na história do clube e do futebol carioca.
Entenda o que é o potencial construtivo
O termo assinado autoriza o Vasco a vender o potencial construtivo de São Januário a empresas que já formalizaram opções de compra com o clube. Esse mecanismo permite que o clube arrecade recursos para financiar as obras de reforma do estádio, o que inclui melhorias necessárias para atender às exigências atuais de infraestrutura e conforto para os torcedores. Para que isso aconteça, as negociações finais para a lavratura das escrituras definitivas e a emissão das certidões de transferência serão iniciadas pela Prefeitura.
“Agradeço ao prefeito Eduardo Paes, ao presidente da Câmara de Vereadores, Carlo Caiado, ao Alexandre Isquierdo, por todo o trabalho e dedicação para que pudéssemos finalmente ter a assinatura definitiva do potencial construtivo, finalizado hoje. É um marco na história do Vasco! Esperamos, o mais rapidamente possível, dar início às obras e realizar o sonho dos torcedores vascaínos”, declarou Pedrinho em um desabafo pela conclusão desse processo.
O impacto da venda do potencial construtivo na reforma de São Januário
A venda do potencial construtivo, aprovada no legislativo no ano passado, refere-se ao “direito de construir” que o Vasco possuí em seu terreno em São Januário. Segundo o projeto, o clube poderá comercializar esse direito para interessados em utilizá-lo em outras áreas do município, como na Barra da Tijuca. Esse modelo de operação não é inédito, pois outros clubes brasileiro já o utilizaram para gerar receitas e modernizar suas instalações.
Atualmente, o Vasco mantém um pré-acordo com a empresa SOD Capital para a venda de grande parte do potencial construtivo, além do interesse de outras empresas na fatia restante. A SOD detém exclusividade nas negociações até dezembro, o que aumenta a expectativa de que a venda ocorra de maneira eficaz e rápida, gerando os recursos necessários para a reforma.
Expectativas financeiras e projeções para o novo Estádio São Januário
Com a operação, o clube espera arrecadar cerca de R$ 500 milhões, quantia próxima do orçamento total destinado à reforma de São Januário. Vale destacar que, por força da legislação, todos os recursos levantados pela venda do potencial construtivo devem ser investidos exclusivamente nas obras do estádio e na sua operação.
O novo São Januário deve acomodar entre 40 a 45 mil torcedores, aumentando a capacidade e melhorando a experiência dos fãs. A modernização tem um grande significado para o clube, que busca não apenas atender às necessidades logísticas, mas também proporcionar conforto e segurança para seus torcedores, além de potencializar a geração de receita com eventos e partidas.
As ambições do Vasco vão além da simples reforma; trata-se de um passo significativo para revitalizar a identidade do clube e reestabelecer seu lugar de destaque no cenário do futebol brasileiro. A assinatura deste termo é, sem dúvida, um novo capítulo que reforça o compromisso do Vasco da Gama com o seu legado e com os mais de 60 mil torcedores que ainda acreditam na grandeza da Colina Histórica.
Com o processo em andamento e a expectativa de que as obras tenham início em um futuro próximo, a modernização de São Januário não é apenas uma necessidade, mas um sonho prestes a se tornar realidade para todos aqueles que viveram e respiram a paixão pelo Vasco da Gama.