Brasil, 3 de outubro de 2025
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Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes votam contra recurso de Moro

Ministros do STF rejeitam recurso de Sergio Moro em caso de calúnia contra Gilmar Mendes.

No plenário virtual da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes votaram pela rejeição do recurso apresentado pelo senador Sergio Moro (União-PR). O recurso contestava uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o ex-juiz federal de caluniar o ministro Gilmar Mendes. Com esses dois votos, já há suporte para a continuidade do processo.

Andamento do julgamento e suas implicações

O julgamento da ação penal começou nesta sexta-feira e está previsto para se estender até o dia 10 de outubro. O caso teve início após uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), que apontou que Moro fez alegações falsas sobre Mendes, insinuando que um habeas corpus poderia ser “comprado” a partir de uma conversa ocorrida em uma festa junina em 2022. O episódio foi gravado por terceiros e amplamente divulgado nas redes sociais, o que contribuiu para a gravidade da situação.

Entendendo a acusação contra Moro

A PGR, ao aceitar a denúncia em junho de 2024, argumentou que Sergio Moro agiu de modo deliberado para “macular a imagem e a honra objetiva” do ministro Gilmar Mendes. A intenção seria descredibilizar a atuação do magistrado no STF. A gravidade da acusação não é apenas moral, mas também legal; caso Moro seja condenado a mais de quatro anos de prisão, há a possibilidade real de perda de seu mandato como senador.

O papel da relatora no caso

A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, recebeu o apoio unânime dos demais ministros da Primeira Turma ao decidir tornar Moro réu. Entre os integrantes do colegiado está o ministro Cristiano Zanin, que, em sua atuação como advogado do presidente Lula, teve embates diretos com o ex-juiz durante a Operação Lava-Jato. Essa dinâmica torna o caso ainda mais tenso e complexo, já que envolve figuras proeminentes da política brasileira.

Defesa de Moro e suas estratégias

A defesa do senador Moro, conduzida pelo advogado Luís Felipe Cunha, argumenta que o senador não tinha intenção de ofender o ministro e que as declarações foram meramente uma “piada infeliz” que foi tirada de contexto. Cunha ainda afirma que o vídeo que circulou nas redes sociais foi editado de maneira “maldosa” e que a intenção dos que o divulgaram era desvirtuar aquilo que realmente foi dito.

Expectativas para o caso

Com o julgamento em andamento, o cenário se torna cada vez mais incerto para o ex-juiz da Lava-Jato. A reputação e a carreira política de Sergio Moro estão em jogo, e as repercussões desta decisão podem afetar seu futuro político e a percepção do público em relação à sua figura já controversa. A sociedade brasileira observa atenta ao desenrolar dos acontecimentos, que transbordam para além das questões jurídicas e se entrelaçam com a confiança nas instituições.

O desfecho deste caso poderá não apenas influenciar a trajetória de Moro, mas também servir de termômetro para a relação entre o Legislativo e o Judiciário no Brasil. À medida que o julgamento avança, todos os olhos estarão voltados para o STF, aguardando a definição de um dos casos mais comentados do momento.

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