Brasil, 3 de outubro de 2025
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Ex-prefeito de Igarapava, SP, Carlos Augusto Freitas é preso novamente

A prisão do ex-prefeito de Igarapava, Carlos Augusto Freitas, resulta de condenações por fraudes em licitações e organização criminosa.

O ex-prefeito de Igarapava, São Paulo, Carlos Augusto Freitas, foi preso na última quinta-feira (2) em sua residência, em decorrência de uma condenação a 27 anos de prisão por fraudes em licitações. Esta decisão judicial não cabe mais recurso, marcando mais um capítulo na conturbada trajetória do político.

A trajetória criminal de Carlos Augusto

Freitas já havia sido preso anteriormente, no mês de julho de 2017, durante a deflagração da Operação Pândega, uma investigação realizada pelo Ministério Público (MP) com o apoio da Polícia Militar. Oito anos após o início dos processos, a situação do ex-prefeito se agrava, e ele se vê novamente atrás das grades.

No primeiro processo, Carlos e seu irmão, Sérgio Augusto, foram condenados a 14 e 21 anos de prisão, respectivamente, por corrupção passiva e fraude em licitação. As condenações foram baseadas em documentos e delações premiadas que revelaram a amplitude das fraudes em curso.

Consequências da Operação Pândega

A Operação Pândega foi um marco no combate a irregularidades em Igarapava. Com acesso a informações sigilosas e testemunhos de ex-servidores e empresários envolvidos, as denúncias levaram à abertura de cinco processos contra o ex-prefeito e membros de sua família. As condenações não se limitaram apenas à corrupção passiva; Freitas foi também acusado de organização criminosa e uso de documentos falsos.

Em um dos momentos mais críticos de sua trajetória, em agosto de 2019, Carlos recebeu uma pena de 14 anos em regime fechado, além de 36 anos em regime semiaberto por suas atividades ilícitas. Seu irmão, Sérgio, também enfrentou diversas condenações que somavam penas significativas, evidenciando a gravidade das práticas que ambos exerceram durante suas administrações.

Novas condenações e a prisão atual

No terceiro processo, ocorrido em setembro de 2020, Carlos e Sérgio foram novamente condenados, desta vez por corrupção passiva, com penas somadas de 65 e 40 anos, também em regime fechado. O crime mais emblemático que manchou a história da política local foi o assassinato do prefeito Gilberto Soares dos Santos, conhecido como Giriri, em 1998. Sérgio, na época vice-prefeito, acabou assumindo a chefia do Executivo após o trágico evento.

Atualmente, Freitas estava em liberdade condicional até que sua condenação transitou em julgado, o que resultou em sua nova prisão, realizada na Cadeia de Franca, SP. Ele deverá passar por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (3), onde será avaliada a continuidade de sua detenção.

Implicações e reações

A prisão do ex-prefeito gera reações mistas na população local. Enquanto muitos veem a ação como um passo importante na luta contra a corrupção, outros expressam preocupação com a política de manutenção de mandatos e cargos públicos em casos semelhantes. A EPTV, afiliada da TV Globo, entrou em contato com a defesa de Freitas, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

A Operação Pândega revelou a complexidade e a profundidade das fraudes que ocorreram em Igarapava, levando muitos a questionarem a integridade de figuras públicas no município. A sequência de condenações e prisões reflete a dificuldade que o Brasil enfrenta no combate à corrupção e na reforma de estruturas administrativas que permitiram comportamentos ilícitos por tanto tempo.

O caso de Carlos Augusto Freitas levanta, assim, discussões não apenas sobre a sua culpabilidade, mas sobre um sistema que precisa ser urgentemente revisto para garantir que a administração pública seja feita com ética e respeito às leis que regem o país.

Para mais informações sobre a política e a segurança pública na região, continue acompanhando as atualizações no portal g1 Ribeirão Preto e Franca.

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