O número de abortos realizados em clínicas nos estados pró-aborto nos Estados Unidos apresentou uma redução no primeiro semestre de 2025, conforme aponta um novo relatório divulgado pela organização pro-aborto Guttmacher. A diminuição de 5% reflete tendências de mudança mesmo em regiões com legislações menos restritivas.
Queda de procedimentos em estados sem proibição total do aborto e impacto do Heartbeat Act na Flórida
O estudo revelou que, em 22 estados onde o aborto não foi completamente proibido, houve uma redução no número de abortos realizados por profissionais, além de uma diminuição de 8% no deslocamento de mulheres para outros estados em busca do procedimento.
Estados como Flórida e Iowa, que adotaram leis que limitam o aborto após as seis semanas de gestação, também tiveram redução nos procedimentos neste período.
Segundo Michael New, professor na Busch School of Business na Universidade Católica de América e pesquisador do Charlotte Lozier Institute, embora os números sejam positivos, a pesquisa possui limitações por não incluir dados de abortos feitos por telemedicina ou por correio, que podem estar aumentando. Ele destacou que as iniciativas do governo, como a Florida Heartbeat Act, têm papel fundamental na diminuição de abortos na região, ao proteger vidas após a detecção do batimento fetal.
Medidas de proteção na Flórida e impacto na redução de abortos
O Heartbeat Act, que entrou em vigor em maio de 2024, tem sido apontado como fator decisivo na queda dosAbortos na Florida, prevenindo aproximadamente 300 mortes de pré-nascidos por mês, de acordo com New. A legislação restringe o aborto a partir da detecção do batimento cardíaco fetal, impedindo procedimentos após seis semanas de gestação.
Especialistas avaliam que tais leis representam uma estratégia efetiva na proteção da vida e convidam os defensores do direito à vida a continuarem pressionando por políticas restritivas em outros estados.
Investigações sobre aborto escolar na Virgínia e posicionamento de lideranças religiosas
Nos últimos meses, o Departamento de Educação dos EUA solicitou uma investigação contra o sistema escolar de Fairfax, na Virgínia, após denúncias de que funcionários facilitaram abortos para estudantes sem o consentimento dos responsáveis. A denúncia envolve um caso de uma funcionária escolar que teria agendado e custeado o procedimento para uma estudante menor de idade.
A chefe do órgão, Candice Jackson, declarou que a prática é “moralmente inaceitável e ilegal”, reforçando que decisões tão pessoais devem ocorrer dentro das famílias. A administração federal promete agir para reforçar a autoridade parental.
Já o bispo Michael Burbidge, de Arlington, expressou sua oposição a uma proposta de emenda à Constituição da Virgínia que garantiria o direito ao aborto até o nono mês. Ele alertou que, caso aprovada, a medida invalidaria futuras restrições e proteção à vida fetal, além de prejudicar direitos parentais e de liberdade de consciência.
Ele apela aos fiéis católicos para que se informem e se manifestem, defendendo o valor da vida na esfera pública.
Encerramento de clínicas e prisão de médico abortista na Louisiana
Após a suspensão do financiamento federal aos provedores de aborto pelo governo Trump, as duas únicas clínicas Planned Parenthood na Louisiana fecharam suas portas nesta semana, citando ataques políticos como justificativa.
Simultaneamente, autoridades locais emitiram um mandado de prisão contra o médico Remy Coeytaux, da Califórnia, por supostamente administrar remédios abortivos a uma mulher sem seu consentimento. A mulher declarou ter sido coagida pelo namorado a fazer uso das drogas, enviadas por Coeytaux por telemedicina, numa prática ilegal em vários Estados.
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