Goiânia – Recentemente, um vídeo viralizou nas redes sociais mostrando uma atitude sensível do soldado do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), Vinicius Rufino Lobo. O militar decidiu cantar para acalmar uma mulher que se encontrava em crise psiquiátrica, em um momento que revela a importância da empatia no atendimento médico.
Uma ação comovente no Jardim Planalto
A ocorrência, que chamou a atenção de diversos internautas, ocorreu na segunda-feira, 29 de setembro, na região do Jardim Planalto, em Goiânia. A cena foi gravada dentro de uma Unidade de Resgate Humanizada (URH) e destacou não apenas o profissionalismo do corpo de bombeiros, mas também a sensibilidade do militar, que utilizou a música como uma forma de apoio emocional à paciente durante uma situação delicada.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a situação demandou mais de cinco horas de atendimento até que a mulher pudesse ser encaminhada com segurança para um hospital onde receberia a assistência médica necessária. A paciente, diagnosticada com bipolaridade e transtorno de ansiedade, havia vivido momentos de tensão, inclusive agredindo alguns membros da família antes do atendimento dos bombeiros.
O poder da música em momentos de crise
Vinicius Lobo explicou que, ao chegar no local, encontrou a mulher bastante alterada, alternando entre momentos de calma e agressividade. Ela, inclusive, chegou a xingar os bombeiros. Entretanto, o soldado percebeu que a música poderia ser um recurso eficaz para tentar acalmá-la.
“Era um momento muito delicado. Decidi que, se conseguiria acalmá-la, a música poderia ser uma boa ferramenta”, disse Lobo. O uso da música como recurso terapêutico não é novidade na medicina e, muitas vezes, pode ajudar a aliviar tensões e promover o bem-estar, principalmente em situações de alta carga emocional.
Sobre a Unidade de Resgate Humanizada
A URH é uma viatura diferenciada do CBMGO, composta por três bombeiros (dois socorristas e um motorista), projetada exatamente para atender pessoas em sofrimento psíquico e situações de crises, incluindo tentativas de suicídio. Essa abordagem humanizada se torna essencial para que os profissionais do Corpo de Bombeiros possam lidar com situações que vão além das emergências físicas.
A presença da URH em ocorrências como a da paciente em crise é uma inovação que busca oferecer uma resposta mais sensível e eficiente às necessidades emocionais dos indivíduos que enfrentam dificuldades psicológicas.
A repercussão nas redes sociais
Após a divulgação do vídeo, muitos internautas se mostraram emocionados com a atitude de Vinicius Lobo. As redes sociais rapidamente se encheram de mensagens de apoio e reconhecimento ao trabalho dos bombeiros, ressaltando a importância da empatia nas profissões que lidam com o bem-estar humano. Comentários destacaram notavelmente a coragem e o cuidado demonstrado pelo soldado durante o atendimento.
Com o vídeo ganhando visibilidade, vários especialistas também começaram a discutir a relação entre a música e a terapia em ambientes de emergência, propondo que iniciativas semelhantes poderiam ser implementadas recorrentemente em atendimentos que envolvem crises emocionais.
Um exemplo a ser seguido
A atitude do bombeiro Vinicius Rufino Lobo não apenas promoveu um atendimento mais humanizado, mas também se tornou um exemplo de como pequenas ações podem ter um impacto positivo significativo na vida das pessoas. Em um mundo muitas vezes marcado pela pressa e pela desumanização, essa história ressalta a importância de olhar para o próximo com compaixão e compreensão, principalmente em momentos de vulnerabilidade.
É importante lembrar que a saúde mental é uma questão que merece atenção e cuidado, e que atitudes como essas contribuirão para um futuro mais empático e solidário. Além disto, podemos ver a relevância de abordagens inovadoras no atendimento às emergências, que consideram não apenas o estado físico da pessoa, mas seu bem-estar emocional.
Ações como a de Vinicius, portanto, não devem passar despercebidas, e a sociedade deve valorizar e incentivá-las, tornando-se um passo adiante na luta contra o estigma associado às crises emocionais.