Ativistas jovens estão nas ruas de cidades ao redor do mundo, combatendo a corrupção e a má gestão governamental em protestos que têm causado confrontos violentos, prisões e até mortes. Os movimentos, liderados pela geração Z, mostram uma crescente influência na política global, impulsionados por questões locais e críticas às lideranças.
Protestos na África, Ásia e América do Sul reduzem governos e agitam a política
Nos últimos meses, manifestações vêm desestabilizando regimes e desencadeando mudanças profundas em diversos países. Na Madagascar, a escassez de água e energia foi o estopim para as ruas. Em Marrocos, os jovens protestam contra o desvio de verbas públicas para eventos esportivos, exigindo melhorias em saúde e educação. No Nepal, a corrupção levou ao colapso de um governo, enquanto Peru e outros países enfrentam crises semelhantes.
Casos recentes e suas consequências
Na semana passada, as manifestações em Marrocos se intensificaram, resultando em três mortes após confronto entre polícia e civis. Segundo o governo, os policiais abriram fogo para evitar uma invasão a uma estação policial, na cidade de Leqliaa, mas a violência deixou duas vítimas fatais, enquanto detalhes sobre o terceiro óbito permanecem sigilosos. A mobilização foi iniciada pelo grupo “Gen Z 212” no fim de semana passado, usando as redes sociais para reivindicar melhorias na educação e na saúde, começando por Rabat e Casablanca.
Na América do Sul, Peru passou por tumultos que culminaram na dissolução do Congresso e na renúncia do presidente, alimentando uma onda de insatisfação popular. Na Ásia, Nepal viveu uma crise política após protestos contra escândalos de corrupção, com várias pessoas presas e dezenas de feridos.
Impactos e repercussões globais
Além das mudanças imediatas, esses movimentos jovens estão influenciando a agenda política e social de diversos países. Na Indonésia, Filipinas e Quênia, protestos recentes chamaram atenção para problemas como desigualdade, falta de transparência e necessidade de reformas democráticas. Pelo mundo, a geração Z mostra que a juventude exerce papel cada vez mais relevante na luta por direitos civis e melhorias sociais.
Perspectivas futuras
Analistas afirmam que esses levantes continuam crescendo devido ao descontentamento com a falta de respostas governamentais e às desigualdades persistentes. Segundo especialistas, a mobilização juvenil está moldando uma nova fase de participação política, muitas vezes desconectada das instituições tradicionais e mais conectada às redes digitais.
O impacto desses protestos ainda está se desenrolando, mas já evidencia uma mudança no cenário político global, impulsionada por uma nova geração que não aceita passivamente a negligência dos seus líderes.