Brasil, 3 de outubro de 2025
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Intoxicação por metanol alerta Baixada Santista

Dois casos de suspeita de intoxicação por metanol foram registrados na Baixada Santista, causando preocupação entre a população.

A Baixada Santista, localizada no litoral de São Paulo, está em alerta após o registro de duas notificações de suspeita de intoxicação por metanol nas cidades de Santos e São Vicente. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde na última quinta-feira (2). Esta situação gerou preocupações não apenas entre as autoridades de saúde, mas também entre a população local, que se questiona sobre a segurança das bebidas alcoólicas consumidas na região.

A resposta das autoridades de saúde

A Secretaria de Saúde de Santos relatou que um dos casos suspeitos foi atendido por um hospital da rede privada, onde o paciente recebeu alta médica após mostrar melhora clínica. Os exames realizados descartaram a presença de metanol. Apesar da tranquilização oferecida pela Secretaria, a equipe de vigilância de Santos continua a monitorar a situação, já que o caso foi reportado ao Governo do Estado de São Paulo e ao Ministério da Saúde.

Em São Vicente, uma paciente de 31 anos foi internada no Pronto-Socorro Central e transferida para o Hospital do Vicentino, onde está sob cuidados médicos. Os profissionais do hospital estão aguardando os resultados dos exames laboratoriais, mas a paciente se encontra estável, de acordo com a Secretaria da Saúde (Sesau) de São Vicente. A situação foi padronizada como prioridade por parte das equipes médicas, evidenciando a importância de um acompanhamento rigoroso.

O que é metanol e seus perigos

O metanol, um álcool que pode ser utilizado em várias aplicações industriais, é extremamente tóxico quando ingerido. O seu consumo pode aniquilar funções vitais, começando pelo fígado, que converte o metanol em substâncias ainda mais tóxicas para o organismo. Isso pode afetar gravemente a medula, o cérebro e os nervos ópticos, resultando em sérios danos como cegueira, coma e, em casos extremos, até morte. Além disso, a intoxicação pode levar a complicações respiratórias e renais.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Brasil registrou até o momento 59 notificações de casos de intoxicação por metanol, sendo que 11 delas confirmadas através de testes laboratoriais. Este cenário é alarmante, e o governo paulista já está implementando medidas rápidas para conter a situação, como a formação de uma força-tarefa para inspecionar locais suspeitos de distribuição de bebidas adulteradas.

Medidas de prevenção e recomendação médica

Para garantir a segurança da população, a Secretaria do Estado da Saúde criou um estoque de etanol farmacêutico, que age como antídoto ao impedir que o metanol se converta em ácido fórmico, uma substância ainda mais prejudicial. Além disso, foram adquiridas 4.300 ampolas desse antídoto para que possam ser distribuídas em qualquer centro de referência ou unidade de saúde que necessitar.

As autoridades enfatizam a importância de procurar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas incomuns após ingestão de bebidas alcoólicas. Entre os sinais de alerta estão dores abdominais intensas, tontura e confusão mental. O socorro em até seis horas após o início das manifestações é fundamental para evitar complicações mais severas.

A situação nos estabelecimentos comerciais

Como resposta ao aumento de casos de intoxicação por metanol, clubes e bares em Santos decidiram suspender a venda de bebidas destiladas até que a situação seja completamente avaliada. Essa decisão visa proteger os consumidores e evitar mais incidentes, mostrando a preocupação e proatividade das empresas em relação à segurança de seus clientes.

Com o aumento de recorrência de casos de intoxicação por metanol em todo o estado, as recomendações para os cidadãos são claras: maior cautela ao consumir bebidas alcoólicas e atenção redobrada a sintomas que podem indicar intoxicação. Em um cenário onde a saúde pública é prioridade, a colaboração de todos é essencial para prevenir novas ocorrências.

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