Brasil, 2 de outubro de 2025
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Lula reforça que a COP30 não será “a COP do luxo”

O presidente Lula destaca a importância da COP30 em Belém e critica administradores públicos irresponsáveis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou, nesta quinta-feira (2/10), que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), agendada para novembro em Belém (PA), não será “a COP do luxo”. Durante uma agenda na Ilha do Marajó, ele reconheceu desafios enfrentados pela região, mas ressaltou a relevância de sediar o evento na capital paraense.

Desafios e compromissos climáticos

Lula expressou compreensão quanto às dificuldades de Belém, destacando questões como drenagem e pobreza, mas afirmou que o evento deve servir para demonstrar ao mundo a importância da Amazônia e do Pará. Em seu discurso, ele questionou os líderes de países desenvolvidos sobre suas responsabilidades no financiamento de ações climáticas. “Não vai ser a COP do luxo, é a COP da verdade. E nós queremos saber se os presidentes do mundo estão preocupados com a questão climática”, declarou, citando nomes como Donald Trump, Xi Jinping e Emmanuel Macron.

A importância da Amazônia nas discussões climáticas

A Amazônia é um tema central nas discussões sobre mudanças climáticas. A floresta tropical é considerada um dos maiores sumidouros de carbono do planeta, desempenhando um papel crucial no equilíbrio ambiental. Realizar a COP30 em Belém é, segundo Lula, uma oportunidade para evidenciar a situação da região e engajar a comunidade internacional nos problemas ambientais que ela enfrenta.

O presidente ainda enfatizou que as discussões a serem realizadas durante a conferência devem refletir a realidade que muitos brasileiros vivem, longe do que ele classifica como “luxo” das conferências anteriores. “Eu sei que os problemas são grandes, mas nós precisamos dar visibilidade ao que está acontecendo aqui”, acrescentou.

Uma COP com toques de humor

Durante sua fala, Lula não deixou de fazer piadas sobre a situação em Belém, afirmando que pretende dispensar a hospedagem em hotéis caros e que, em vez disso, pretende dormir em um barco durante o evento. “Enquanto os gringos estiverem dormindo, eu vou estar pescando”, declarou, o que gerou risos entre os presentes.

As críticas ao alto preço das diárias em hotéis foram um dos pontos levantados por diversos países que manifestaram preocupações em relação à realização da COP30 na capital paraense. Dessa forma, as brincadeiras do presidente revelam uma tentativa de descontrair a difícil realidade enfrentada pela região, ao mesmo tempo em que reforçam a mensagem de que a conferência deverá ser acessível e realista.

Obras e críticas à má gestão

Ainda em sua visita à Ilha do Marajó, Lula inaugurou obras relacionadas à educação e criticou gestões anteriores que deixaram obras paralisadas. “Eu, sinceramente, acho que muitos administradores públicos deveriam ser presos por irresponsabilidade. Porque quando você deixa uma obra paralisada porque foi um adversário que começou a fazer, você não está tendo nenhum respeito pelo povo da sua cidade”, afirmou.

A presença do presidente na região é parte do esforço do governo em tentar reverter a imagem de abandono e ineficiência das gestões passadas. Lula enfatizou que a responsabilidade dos administradores públicos é servir ao povo, e não a interesses pessoais ou políticos.

Um chamado à ação

Ao final de sua visita, Lula fez um chamado à ação, pedindo a união dos brasileiros em torno da defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Para ele, é fundamental que o Brasil, como um dos maiores países em área de floresta tropical, tome a frente nas negociações climáticas, demonstrando a importância da proteção ambiental não só para o país, mas para o futuro do planeta.

O presidente concluiu sua fala com um apelo para que todos se engajem nas discussões e ações relacionadas à COP30, que será um evento vital para definir as próximas etapas no enfrentamento das mudanças climáticas que afetam o mundo todo. Desta forma, a realização dessa conferência em Belém será não apenas uma vitrine da Amazônia, mas também uma plataforma de compromisso global em prol de um futuro sustentável.

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